segunda-feira, 4 de março de 2013

O verdadeiro significado de morrer para si mesmo...


Esboço da Palavra ministrada na Igreja Batista Jardim Atlântico Florianópolis SC – 03/03/2013

Lucas 14:25:35 “Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz. Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo. Bom é o sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar? Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
A expressão carregar a sua cruz, ou tomar a sua cruz, nos primeiros versículos desse texto, tem o mesmo significado que seguir o exemplo de Cristo. De ser como Jesus, isso é tornar-se um discípulo de Cristo: Amá-lo acima de todas as outras pessoas e coisas. Render-se a Cristo é viver uma vida mais íntima com Ele do que todas as nossas afeições familiares, maior que todas as nossas vontades e desejos pessoais de carreira e sucesso, maior que o nosso apego ao dinheiro, bens e poder.
Nós como evangélicos temos alguns conceitos sobre idolatria errôneos, pensamos que idólatra é o individuo que adora uma imagem de madeira, pedra ou gesso. Pensamos e muitas vezes apontamos como idólatras aqueles que cultuam e se deportam a essas imagens, mas muitas vezes a nossa idolatria são os nossos familiares, mãe, pai, filhos, esposa, esposo, carro, dinheiro, casas, bens materiais, uma conta gorda no banco, o acúmulo de coisas terrenas. Quando Jesus nos deixa claro, que idolatria nada mais é do que adorar algo, amar algo, que ocupa a centralidade, o lugar dEle nas nossas vidas. Simples assim! Aborrece, isto é ama menos. Mateus 10:37 “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. 
No decorrer desse capítulo Jesus vai mencionar que um homem que deseja construir uma torre, primeiramente vai calcular os gastos, analisar as despesas e ver se tem o meio de construir a torre; para evitar que comece uma obra e não termine e as pessoas zombem do fracasso desse homem. Ele questiona também qual o Rei que entra em uma guerra sem antes calcular se com dez mil homens poderá enfrentar outro Rei, que vem com 20 mil homens contra Ele? Caso esse Rei se convença de que pode perder a guerra, imediatamente enviará um pedido de condições de Paz.
Jesus aqui nos deixa bem claro que o discipulado, o andar com Ele, não é algo tão simples assim: Vou seguir Jesus e é isso! Não! Seguir Jesus tem seu alto custo e implicações eternas. Por isso não é correto que eu e você preguemos, e falemos as pessoas, no intuito de atraí-las a Cristo apenas sobre as bênçãos de andar com Cristo. Há um perigo em pregarmos apenas sobre as bênçãos, porque o perigo de uma decisão irresponsável e insincera é duplo: a zombaria pelo fracasso nesta vida terrena, e a perda total na outra, na vida eterna.
As decisões de tomar a sua cruz e seguir a Jesus vão muito além do desprezo às posses materiais, do desprezo às paixões mundanas e carnais, dos apegos às coisas terrenas; significa uma rendição absoluta e incondicional. Nós não temos o direito de fazer exigências e querermos privilégios com Cristo. Não mesmo!  
Lucas 9:57-62 “E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus. Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.
Quando convidei Jesus Cristo para entrar na minha vida, eu levei praticamente três meses, analisando o que está decisão implicaria. Então eu não assumia para ninguém que havia me tornado uma cristã. Eu vivia a minha vida devocional, minhas orações, minhas experiências, minhas idas à igreja “às escondidas”, eu não comentava com ninguém a respeito, porque eu não sabia se iria conseguir prosseguir, diante do negar-se a si mesmo e tomar a minha cruz. Mas quando eu fui envolvida e me tornei completamente apaixonada por Cristo, eu optei por não só revelar as pessoas que agora eu era uma cristã, mas a testemunhar sobre quem Jesus Cristo é, sobre as dificuldades de andar com Ele e a honra de ter se tornado filha de Deus e receber o seu cuidado. 
Quando Jesus termina esse texto nos falando da insignificância do Sal que perde o seu sabor, Ele está fazendo uma comparação do sal com o crente morno, com o crente que não reflete sobre a importância da sua decisão por tomar a sua cruz e seguir a Jesus. No século I (primeiro) havia na Palestina um tipo de sal que era tão impuro que perdia o pouco cloreto de sódio que continha. Esse sal não servia para fertilizar o solo, nem tão pouco para decompor-se de modo útil em meio ao esterco.
Apocalipse 3:16 “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Se nós não renunciarmos, não calcularmos, não analisarmos, não tomarmos a nossa cruz, e não nos entregarmos completamente a Jesus, não podemos ser seus discípulos. Não somos dignos de ser chamados de discípulos pelo mestre. 
1 João 2:5-6 “Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.” 
Mateus 28:16-20 “E os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” 

Quando eu e você tomamos a nossa cruz e seguimos a Jesus, numa rendição verdadeira, completa, então passamos a se importar com aquilo que Ele se importa. Nós tiramos os nossos olhos dos nossos interesses e temos a honra e o privilégio de se importar com aquilo que o Mestre se importa!


Aida Priscila :)


3 comentários:

  1. Que tremendo. Esse pequeno texto me ajudou muito.Esse pequeno texto abriu minha mente para as pequenas coisas que eu fazia que me afastavam de Deus :) obrigada.

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    1. Deus continue falando ao teu coração Isabela... Abraços, fica na paz! :)

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  2. Ótimo sua explicação sobre a idolatria obrigada

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