quinta-feira, 15 de setembro de 2016

PERSEVERANÇA DOS SANTOS


Rev. Antônio Carlos Barro

ESTUDO 8

I. Introdução

A. A doutrina da perseverança dos santos significa que aqueles a quem Deus regenerou e chamou eficazmente a um estado de graça, não podem cair nem total nem finalmente daquele estado, senão que perseverarão com toda a segurança e até o fim e serão salvos por toda a eternidade.

II. Definição da doutrina da perseverança

A. Os que são chamados não podem cair por completo e deixar de alcançar a salvação eterna, ainda que podem algumas vezes ser vencidos pelo mal e cair em pecado.
B. Definição: “Aquela operação continua do Espírito Santo no crente, mediante a qual a obra da graça divina que teve início no coração irá continuar até ser completada”.
C. Os crentes continuam firmes até o fim, devido a que Deus nunca abandona a sua obra.

III. Provas da doutrina da perseverança

A. Afirmações diretas da Bíblia

1. João 10.27-29, as ovelhas jamais perecerão.
2. Romanos 11.29, os dons de Deus são irrevogáveis.
3. Filipenses 1.6, a obra será completada.
4. Ver ainda 2 Tessalonicenses 3.3 e 2 Timóteo 1.12

B. Provas através da inferência

1. A doutrina da eleição - os eleitos serão salvos e jamais deixarão de alcançar a salvação final.
2. A doutrina do pacto da redenção - Deus prometeu baseado na sua pessoa e não na fidelidade do ser humano. Nada pode separar o crente de Deus, Romanos 8.38-39.
3. Da eficácia dos méritos e da intercessão de Cristo - Cristo pagou o preço para comprar o perdão e intercede sempre pelos seus, João 11.42; Hebreus 7.25.
4. Da união mística com Cristo - os que estão unidos a Cristo mediante a fé são participantes do seu Espírito.
5. Da obra do Espírito Santo no coração - o crente já está de posse da vida eterna, João 3.36; 5.24; 6.54.
6. Da segurança da salvação - A Bíblia dá evidências da segurança da salvação, Hebreus 3.14; 6.11; 10.22; 2 Pedro 1.10.

IV. A negação desta doutrina faz a salvação depender da vontade do ser humano


SÓ EM JESUS (In Christ Alone - Keith & Kristyn Getty)

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

SANTIFICAÇÃO


Rev. Antônio Carlos Barro

ESTUDO 7

I. Introdução

II. Os Termos no Novo Testamento

A. O sentido intelectual que se aplica a pessoas ou coisas. Significa considerar um objeto santo, atribuir santidade ou reconhecer a santidade por palavra ou ato, Mt 6.9; Lc 11.2 e 1 Pe 3.15.
B. As vezes se emprega no sentido ritual, no sentido de separado do uso comum para fins sagrados, ou por aparte para um determinado oficio, Mt 23.17,19; JO 17.36; 2 Tm 2.21.
C. Usado também para determinar aquela operação divina mediante a qual Deus produz de maneira especial na pessoa mediante seu Espírito a qualidade subjetiva de santidade, Jo 17.17; At 20.32; 26.18; 1 Co 1.2; 1 Ts 5.23.

III. A Natureza da Santificação

A. Obra Sobrenatural de Deus
1. Consiste fundamental e principalmente em uma operação divina na alma, por meio do qual, aquela disposição santa nascida na regeneração é fortalecida e aumenta a sua atividade santa.
2. É uma obra de Deus, 1 Ts 5.23; HB 13.20, 21.
3. Fruto da união da vida com Cristo, Jo 15.4; Gl 2.20 e 4.19.
4. Uma obra realizada no interior do ser humano, Ef 3.16; Cl 1.11
B. Consiste em duas partes
1. A mortificação da velha natureza, ou seja, o corpo de pecado. A mancha e a corrupção do pecado se vai removendo gradualmente. É a crucificação da velha natureza em Cristo, Rm 6.6; Gl 5.24.
2. A vivificação do novo ser, criado em Jesus Cristo para as boas obras. Fortalece a disposição santa da alma, promovendo um novo curso de vida. A velha estrutura de pecado vai sendo destruída ao poucos e um nova estrutura criada por Deus assume o lugar daquela. Freqüentemente este nome é chamado nas Escrituras de "uma ressurreição juntamente com Cristo", Rm 6.4,5; Cl 2.12; 3.1, 2.
C. A santificação afeta ao novo crente por inteiro: corpo e alma, intelecto, afetos e vontade. Se o ser interior é transformado, mudado, também é mudado ou transformado o aspecto exterior da vida., 1 Ts 5.23; 2 Co 5.17; Rm 6.12; 1 Co 6.15, 20.
D. O novo crente é participante ativo no processo de santificação. Vemos nas repetidas admoestações para que se evite os perigos da vida, Rm 12.9, 16, 17; 1 Co 6.9, 10; Gl 5.16-23. Os crentes devem empregar os meios a sua disposição para ter uma vida santa, Jo 15.2, 8, 16; Rm 8.12, 13; 12.1,2,17; Gl 6.7,8,15.

IV. As Características da Santificação

A. É uma obra da qual Deus é o autor e não o ser humano.
B. Tem lugar na forma parcial na vida subconsciente e como tal é uma operação imediata do Espírito Santo; porém também de forma parcial tem lugar na vida consciente e depende então do uso dos meios determinados: fé, estudo da palavra, oração e associação com os outros crentes.
C. A santificação é um processo lento e nunca alcança a perfeição nesta vida.
D. A santificação plena é alcançada somente na entrada no reino eterno.

Fonte: http://www.monergismo.net.br

NOSSO DEUS É SOBERANO (Comunidade da Vila da Penha)

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

JUSTIFICAÇÃO


Rev. Antônio Carlos Barro

ESTUDO 6

I. INTRODUÇÃO

II. A IDÉIA DA JUSTIFICAÇÃO

A. A palavra justificação vem do latim justificare compostas de duas palavras justus e facere e que portanto significa: fazer justo.
B. Justificar no sentido bíblico é executar uma relação objetiva, o estado de justiça, mediante sentença judicial.
1. Mediante a imputação a uma pessoa a justiça de outra, ou seja, contando como justo ainda que interiormente seja injusto.

III. A NATUREZA E AS CARACTERÍSTICAS DA JUSTIFICAÇÃO

A. A justificação é uma ato judicial de Deus no qual ele declara, sobre a base da justiça de Jesus Cristo que todas as demandas da lei estão satisfeitas com respeito ao pecador.
B. É diferente dos outros atos da ordem da salvação. A justificação não muda a vida íntima da pessoa, não afeta a sua condição, mas sim o seu estado (posição). Envolve o perdão dos pecados e o fato de ser restaurado ao favor divino. Rm 5.1-10 e At 26.18.
1. A justificação remove a culpa do pecado e restaura ao pecador todos os direitos filiais incluídos em seu estado como filhos de Deus, juntamente com uma herança eterna.
2. A justificação acontece fora do pecador, no tribunal de Deus e não muda a vida interior, todavia, o sentencia a voltar ao lar.
3. A justificação acontece de uma vez para sempre, é um ato único. Ou é completamente justificado ou não é.
4. A causa meritória da justificação está nos méritos de Cristo.

IV. OS ELEMENTOS DA JUSTIFICAÇÃO

A. O elemento negativo
1. A remissão dos pecados com base na obra expiatória de Cristo.
2. O perdão concedido na justificação se aplica a todos os pecados, passado, presente e futuro e envolve a remoção de toda a culpa e castigo, Rm 5.21; 8.1, 32- 34; Hb 10.14.
3. A dificuldade é que os crentes seguem pecando. Barth: o homem continua sendo pecador, somente que pecador justificado.
4. Deus remove a culpa, mas não a culpabilidade.

B. O elemento positivo
1. Ela é baseada na obediência ativa de Cristo
2. A justificação é mais do que o mero perdão. Zc 3.4, o primeiro aspecto é negativo e o segundo positivo. Cf At 26.18.
a. A adoção de filhos. Os crentes são filhos de Deus por adoção e não por natureza. Jo 1.12; Rm 8.15-16; Gl 3.26-27; 4.5-6
b. O direito à vida eterna. São investidos com todos os direitos legais da
adoção e são herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, Rm 8.7

V. A BASE DA JUSTIFICAÇÃO

A. Negativamente. Não está fundamente em nenhuma obra meritória da pessoa. Esta pratica uma justiça imperfeita e as melhores obras dos cristãos estão corrompidas pelo pecado. Ademais, a Bíblia ensina que a pessoa é justificada gratuitamente pela graça de Deus, Rm 3.24 e que ninguém pode ser justificado pelas obras da lei, Rm 3.28; Gl 2.16; 3.11.
B. Positivamente. A base da justificação é fundamentada na justiça perfeita de Cristo. Rm 3.24, 5.9, 19; 8.1; 10.4; I Co 1.30; 6.11; 2 Co 5.21; Fp 3.9. A base é encontrada em Cristo que se fez maldito por nós, Gl 3.13.