sábado, 23 de setembro de 2023

Tu que não desistes dos que amas...

Tu que não desistes dos que amas...

Tu que majestosamente, gentilmente e seguramente usas a dor e o sangramento das almas dos que a Ti pertencem para redundar em crescimento, amadurecimento e semelhança a Cristo!

 

Tens em Ti um senso de remissão que confunde a mente mais lógica dessa terra; és também o único capaz de não abandonar os que chamastes eficazmente!

 

Em Ti e somente em Ti repousam os tesouros mais profundos que a alma humana anseia possuir!

 

Eu olhei para os teus olhos de amor e finalmente compreendi quem eu sou. E isso, porque te conhecendo, conheço a mim mesma!

 

Amável Senhor, redentor, todo-poderoso, soberano sustentador!

 

Logo eu, que pensei já ter perdido tudo... Ao olhar para Ti, percebo que o tudo era um nada que não me bastava!

 

Absolutamente nada fora de Ti é capaz de bastar a minha alma, meu excelente amante e Senhor!

 

Gentilmente e rendida a Tua vontade, abandono as amarras que me prendiam ao que impunha separação entre a tua majestade e a minha ausência de nobreza e reverência a quem és!

 

Me tens, me preservas, me sondas e me guias em meio as estações que revelam a tua soberana graça e misericórdias matinais!

 

E por não me pertencer mais, eu bem sei que não sou mais a mesma, desde que os teus olhos contemplaram os meus e me fizeram ver para além do que a vista é capaz de alcançar!

 

Amo-te, meu Senhor! E honestamente, o meu amor não parece ser suficiente. Quero amar-te mais!

 

Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe o meu coração para temer o teu nome. Louvar-te-ei, Senhor Deus meu, de todo o meu coração, e glorificarei o teu nome para sempre. Pois grande é a tua benignidade para comigo, e livraste a minha alma das profundezas do Seol.” Salmo 86.11-13

 

Soli Deo Gloria!

 

Aida Priscila  

sábado, 16 de setembro de 2023

Docemente saciável, o És!

Pão da vida, moído e quebrado a fim de matar a fome da alma!

Vinho esmagado e ferido, que unifica todas as coisas!

 

Água viva que alinha e concede alegria no mais denso deserto e inóspito desespero por algo digno de encerrar a necessidade de hidratação e desespero da alma!

 

Tens meu ventre, de onde guerreiam as lutas mais sangrentas e insolentes, e nele as minhas sombras e temores. E bem sabes e bem sei que, não há nada de valor no que vês e no que vejo e tenho!

 

Sustentador de todas as coisas e majestoso no seu governar...

 

Onde toda a alegria brota e todo o perdão jorra como reconciliação para me tornar reconciliável e reconciliadora entre os meus pares e iguais!

 

Em ti, contemplei perdão e esquecimento de tudo que produzia dor e desorientação, e no mais incompreensível verso, os teus poemas em mim escritos dissipam as trevas que outrora envolviam o meu ser e o meu coração!

 

A vida que jorra de ti, pode trazer flores a mais seca terra e solo perdido no abandono dos que não se importam mais...

 

Tens à terra em tuas mãos e majestosamente sustenta todo o universo... E avassaladoramente inclinas o meu coração instavelmente obstinado por não te render glória, a buscar viver para tua honra, glória e deleite!

 

E quanto a mim? 

 

“Quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram, eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença. Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre. Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos.” Salmo 73.21-28 

 

Ao que dissipa as trevas e torna iluminado o caminhar daqueles que majestosamente vence o coração! 

 

Soli Deo Gloria!

 

Aida Priscila  

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Amor real.

Ao tocar-me os olhos e o coração, trouxeste para a borda toda a imensa escuridão das coisas que me querem longe de ti! 

Ao erguer os olhos e a face contrita e envergonhada pelo que sei que está exposto diante de ti, acalma-me as inquietações o teu gentil estado silencioso.

 

Quem sou eu, diante da grandeza, densidade e imensidão do teu amor?

 

Na estrada que pensei ter me perdido, encontrei-te de braços mais que abertos, também pude ver e ouvir claramente as batidas do teu coração, que não me negou nenhum afeto e se quer questionou as minhas inúmeras traições, mas ao oferecer-me amor, o constrangimento foi maior que se houvera sido questionada!

 

Que amor é esse, que constrange não só a alma, mas desmoraliza o meu intelecto, fazendo-me perder a confiança em mim mesma? Nisso, sou reorientada e me lanço nos teus braços de eterno amor e descanso...

 

O que há na tua mansidão que não me é ofertada em deleite e paz?

 

De onde vem o que me leva para ti todas às vezes que eu sou convencida de que apenas em ti, reside a plenitude de tudo o que eu anseio?

 

Sou tão vulnerável Senhor, quando não entendo as estações e me perco pelos caminhos que insistem em dizer que não fui feita para ti e para o teu próprio deleite!

 

Inclino-me aos ídolos por vontade própria e quando os tais são desmascarados, deparo-me com o vazio de não pertencer e não caber em lugar algum, que não seja estar totalmente em ti!

 

Fito altivamente para o que quero e na busca desenfreada por ser notada, amada e compreendida, perco-me na tentativa de encontrar-me e dar algum sentido a minha existência, como se isso fosse possível fora de ti! 

 

O teu caminhar amável e gentil até mim, verdadeiramente desfaz todos os nós! Prostro-me, indigna e dignificada pelo teu amor revelado em Jesus Cristo, que recebeu a ira que a mim era devidamente merecida...

 

Agora, quando contemplo o paradoxo de te pertencer mesmo consciente de que não mereço tal pertencimento, em ti, declaro que és a minha própria vida e anseio!

 

Se agora a declaro assim, quebrantada diante do tempo e espaço, entrego-te tudo que sou, ainda que por vezes, tenha medo de não dar conta de mim mesma, confio em ti, que atuas em mim e através de mim para a tua própria glória!

 

A que conclusão, pois, chegamos diante desses fatos? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos concederá juntamente com Ele, gratuitamente, todas as demais coisas? Quem poderá trazer alguma acusação sobre os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica! Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, Ele ressuscitou dentre os mortos e está à direita de Deus, e também intercede a nosso favor. Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou ansiedade, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: “Por amor de ti somos entregues à morte todos os dias; fomos considerados como ovelhas para o matadouro”. Contudo, em todas as coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Portanto, estou seguro de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos afastar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 8.31-39

 

Soli Deo Gloria!

 

Aida Priscila