domingo, 29 de novembro de 2015

Você tem medo de falhar?


Um amigo certa vez me disse: “Meu temor do fracasso tem causado um grande problema entre meus familiares e eu. Eu não passo muito tempo com eles durante a semana. Eu receio tanto fracassar profissionalmente que isso me faz trabalhar dia e noite. Mas também acabo não passando muito tempo com eles nos finais de semana. O temor de fracassar em algo que não estou habituado a fazer absolutamente me paralisa”.

Mesmo se não formos a extremos como o do meu amigo, a possibilidade do fracasso não é algo de que gostamos. Todos nós deixamos de fazer aquilo que devemos fazer. Falhamos em nosso casamento, em criar nossos filhos, em nossas amizades, na escola, em nossas carreiras, na nossa vida de igreja – e, muitas vezes, com consequências devastadoras. Não surpreende, pois, que uma vez ou outra todos nós tenhamos um temor de fracassar.

As Escrituras apresentam uma série de perspectivas cruciais que nos ajudam a lidar com esse desafio. Abordaremos duas facetas do que elas ensinam: por que tememos o fracasso e como o fracasso pode ser uma oportunidade positiva para a esperança.

Por que tememos o fracasso?

Todos nós temos nossas razões pessoais para termos medo do fracasso, mas a Bíblia nos conduz à raiz do problema. Nós temos medo do fracasso porque não fomos criados para ele. Deus sempre está no controle soberano de todos os nossos defeitos, contudo, desde o princípio, Deus não nos criou para fracassar, mas para sermos bem-sucedidos em nosso serviço a ele.

Os capítulos iniciais de Gênesis claramente ensinam essa perspectiva. Em Gênesis 1.26, Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. E o que isso significa? Nos versículos 28-31, descobrimos que fomos criados para ser bem-sucedidos em uma missão muito importante: “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai […]”. O restante da Escritura elabora o objetivo dessa missão. Estamos nos preparando para o dia em que Deus encherá a terra da sua glória e receberá louvores sem fim de toda criatura. Fomos feitos para sermos bem-sucedidos nessa missão, não para fracassar.

Por que, então, falhamos tantas vezes? Gênesis 3.17-19 indica que a frequente futilidade dos nossos esforços na vida é a consequência do pecado. A nossa prisão ao fracasso não ocorreu na criação, mas resultou do julgamento de Deus contra nós. Assim, é de todo correto anelarmos por sermos redimidos de todo fracasso e de todo temor que ele traz.

Como o fracasso pode se tornar esperança?

As Escrituras não nos deixam anelando por redenção do fracasso e do temor. Elas nos dizem que Cristo veio em carne e cumpriu cada mandamento de Deus para reverter os efeitos do pecado de Adão. Cristo até mesmo se entregou na cruz como um pagamento pelos pecados do seu povo e ressuscitou em novidade de vida por nossa causa. Era isso que Paulo tinha em mente ao escrever: “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Coríntios 15.21). Como a sua justa recompensa, o Pai ressuscitou Cristo e o fez assentar à sua mão direita. De lá, ele continua a cumprir a tarefa que Deus deu à humanidade no princípio. E, quando ele retornar em glória, ele fará novas todas as coisas. Naquele tempo, Deus encherá a criação da sua glória de tal maneira que “ao nome de Jesus se dobr[ará] todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confess[ará] que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.10-11).

De que maneira tudo o que Cristo fez pode nos ajudar a tornar os nossos fracassos em esperança? Por um lado, a sua vitória nos livra de toda falsa esperança que tínhamos. Pode parecer estranho, mas o sucesso na verdade cria grandes problemas para as pessoas ao longo da Bíblia. Ele dá à luz as mentiras de que alcançamos a vitória por nós mesmos e de que o sucesso nas coisas desta vida é o que mais importa. Contudo, essas mentiras nunca nos satisfazem por muito tempo. À medida que o tempo passa, elas nos levam a mais terríveis fracassos.

Por outro lado, quando reconhecemos que apenas Cristo foi bem-sucedido em cumprir plenamente o serviço humano a Deus, recebemos a firme esperança de que, um dia, triunfaremos sobre todos os nossos fracassos. A vida, morte, ressurreição e ascensão de Cristo provam que ele derrotou a tirania do pecado e a consequência do fracasso, bem como – e aqui está a grande maravilha – que ele compartilha o seu sucesso com todos aqueles que nele confiam e o seguem. Com essa firme confiança em Cristo, sabemos que todo sucesso nesta vida resulta da sua obra em nós, e não dos nossos próprios esforços. Mais do que isso, mesmo os nossos fracassos nesta vida mantêm os nossos olhos fixos naquilo que mais importa para nós. Em vez de colocar as nossas esperanças nesta vida, depositamos as nossas esperanças no mundo por vir. Lá partilharemos plenamente da vitória de Cristo e nunca mais teremos qualquer temor de fracassar novamente.


Por: Dr. Richard L. Pratt Jr. © 2013 Ministério Ligonier. Original: Fear of Failure. Este artigo faz parte da edição de outubro de 2013 da revista Tabletalk. Tradução: Vinícius Silva Pimentel. Revisão: Vinícius Musselman Pimentel. © 2015 Ministério Fiel.

Jesus Culture -Your Love Never Fails ( legendado)

sábado, 28 de novembro de 2015

Atitude – Paulo Junior


“E Jesus disse: Ó geração incrédula e perversa! (…) Até quando vos sofrerei?(…)” (Mt 17.17)

Essa notável declaração, citada por Jesus, no texto acima, diz respeito à passagem do jovem lunático – o endemoniado. Um pai aflito foi até Jesus rogar pelo seu filho, que estava sofrendo de gravíssimas convulsões; o jovem foi levado à presença de Jesus, que repreendeu o demônio e curou completamente aquele garoto. Porém, o pai do menino relatou algo interessante a Jesus: “Antes de vir a Ti, levei meu filho aos teus discípulos e eles não puderam curá-lo”, foi então que Jesus respondeu, citando a frase: “Até quando vos sofrereis?”.

Eu quero discorrer hoje, nessa palavra devocional, sobre essa declaração um pouco impaciente de Jesus e dizer a você, caro leitor, que é um cristão autêntico, mas que tem vivido uma vida cristã descoordenada, ora está em cima ora está em baixo, ora vence ora perde. Que não é uma pessoa consistente, que nem mesmo tem certeza daquilo que crê, enfim, se mostra um cristão volúvel. Você que está se perdendo nos seus pecados, vive “dando trabalho” nas mesmas áreas, não cresce, não amadurece, não enxerga coisas óbvias que estão bem à sua frente e que não dá resultados expressivos na sua fé.

Jesus está bradando a você dizendo: “Até quando? Até quando você vai continuar nessa vida? Até quando Eu vou ter que sofrer (suportar) seus inúmeros erros? Sua incompetência? Até quando, mesmo Eu tendo mostrado tanta graça e misericórdia na sua vida, você ainda duvidará do Meu poder”?

Jesus estava dizendo aos discípulos: “Está na hora de vocês amadurecerem e de, em certas áreas, caminharem sozinhos. Já chegou a hora! Não é mais possível suportar vê-los com essa insegurança, ainda tão tímidos e sentindo medo! Como nos altos e baixos de Pedro: andou sobre o mar depois afundou, declarou que Cristo é o Filho de Deus e depois o negou”. Jesus não estava aguentando isso mais! E Ele, com um tom rude, estava gritando: “Geração incrédula e perversa, Eu não tolero mais essas variações”!

Você pode achar que Jesus não estava sendo justo, ou amoroso e tampouco complacente. Não é isso. Jesus, naquela hora, estava disciplinando os discípulos, estava trabalhando para o seu crescimento. A ira de Jesus foi por já ter ensinado tanto a mesma coisa e eles não terem entendido até aquele momento.

É disso que se trata essa mensagem: atitude, mudança! É tempo de ter responsabilidade quanto a seu estado, basta com seu “jeito EU de ser”. Não dá mais para andar em círculos. Ser conhecido como a pessoa mais chata de sua comunidade. Fraca. Ferida. Basta com suas limitações. Sempre precisa ser carregado. Porque o original “vos sofrereis” significa: “vos carregareis,” só funciona mediante a ferroadas. Provérbios ainda nos diz: “Até quando, ó néscio, amareis a necedade” (Pv 1.22). Uma vez mais o texto está bradando: “Até quando”!

Diante dessas declarações você pode pensar: “Mas tudo tem o seu tempo certo. Talvez não seja meu tempo de dar frutos. É o meu tempo de vale, de estagnação”. E você até recorre a Eclesiastes capítulo 3: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo”. Entretanto Jesus está refutando essa argumentação dizendo: “Para alguns está mais do que no tempo de mudarem, aliás, já passou do tempo de mudarem e tomarem uma atitude”. Desta maneira, essa advertência de Jesus alcança todos nós que temos dificuldade de crer.

Não baseie sua vida em sentimentos ou na maneira que você a enxerga, examine-a baseado em estatísticas, fatos, coisas sólidas. Vamos lá, jogue a toalha! Cadê os resultados, onde eles estão? Olhe pra você! Seja sincero… Pare de se enganar! E caso você não mude, poderá sofrer consequências, veja o que, mais uma vez, o livro de Provérbios ensina: “Aquele que, sendo muitas vezes repreendido, endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura” (Pv 29.1). O original para a palavra “quebrantado” significa “moído, destruído”.

Quero te convencer, agora que te despertei para sua presente realidade, que contra fatos não há argumentos e que o próprio Jesus está te chamando para se levantar e agir. Comesse a partir de agora! Mude seu conceito de si mesmo. Cresça. Amadureça. Se for para fazer algo radical, que você o faça! Pois chegou a hora de você caminhar com as próprias pernas, dar frutos de justiça, ser um cristão competente, idôneo e maduro. Você não acha que já está na hora de orgulhar o seu Senhor? Honrá-Lo, fazer com que Ele olhe para você e diga: “Esse é mais um filho amado em quem me comprazo”.

O desejo de Jesus é positivo para nossa vida, todas as vezes que somos corrigidos e advertidos por Ele nunca devemos enxergar como algo ruim, ou que nos desmotive, pois Cristo está visando nosso progresso espiritual. E Ele te diz isso, não para te agredir ou acusar. Essa ira santa de Jesus é porque Ele não aguenta mais ver você humilhado por onde passa e naquilo que você faz, seja pelo diabo, seja pelas pessoas. Pois, nessa fase, os discípulos estavam sendo constantemente humilhados, estavam sempre “dando cabeçadas” e é por isso que Jesus os repreendeu, porque Ele se entristece com as nossas humilhações e tolas derrotas.

Ele te diz isso para que você goze das riquezas insondáveis que Ele tem, pois à medida que você cresce elas te são entregues. Para que a sua confiança e dependência Dele aumentem mais e mais, tornando possível que você conheça a largura, a profundidade e toda a extensão do Seu infinito amor, porque o desejo sincero Dele é que você tenha o privilégio de ser o Seu braço direito, sendo chamado de amigo e cooperador do Deus vivo, na sua grande obra! Então vamos “porque já é hora de despertarmos do sono” (Rm 13.11). 

Atitude, essa é a palavra para hoje.

No amor de Cristo,


Paulo Junior – Ministério Defesa do Evangelho

Vineyard - Tão Profundo (Juliano Son)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O Inverno Passou


Cânticos 2:11-12 – Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chegou

Creio que 2016 será um ano especial para você, crente fiel, e também para todos que honraram o nome do Senhor e por Ele sofreram afrontas, vales e desertos sem esmorecer ou voltar atrás!

A luz de novos e bons tempos começará a raiar sobre vossas almas abatidas e aquecerá todo o intenso frio que esse rigoroso inverno causou. Esse tempo de “inverno”, que já perdura por vários anos em sua vida, está prestes a findar. É hora de manter a calma: o Senhor não está alheio à sua dor, nem está indiferente ao longo período de espera que você tem se submetido.

A tão esperada “primavera” alvorecerá! Pois não existem “invernos eternos”.  Eles são, ainda que demorados, todos passageiros. Toda essa estação invernal – que na verdade foi providência divina para sua alma – teve como excelente propósito erradicar o nascituro do velho homem, juntamente com seus tentáculos e esculpir a natureza de Cristo em você!

Na verdade, todo inverno é benéfico para os verdadeiros filhos de Deus! Ele apenas os aperfeiçoa, os santifica, os enobrece… Os faz semelhantes ao Seu Senhor: mais doces, ternos, humildes, sinceros e piedosos!

Passada essa estação, é hora da colheita, pois sabemos que a semeadura foi feita com lágrimas, muitas lágrimas! Ninguém duvida disso. Quem pode te acusar de não ter tentado, implorado, lutado com todas as armas para vencer?

Os feixes serão colhidos com júbilo e alegria! Pode esperar! A árvore feia, murcha, seca, imprestável e infrutífera se tornará uma árvore frondosa e os primeiros grandes frutos virão em 2016 – ou em um futuro bem próximo.

Palavra do Senhor!

São os votos e o grande desejo de minha alma para você.

No amor de Cristo,


Pr. Paulo Junior – Ministério Defesa do Evangelho