Agarrada a poeira das minhas paixões, lançada com forca ao chão pelas tempestades da vida, ergo os meus olhos aos céus e me derramo a fim de achar cura para a ferida.
Alguém me disse para ser sincera contigo e assumir a minha miséria e insignificância... Alguém me disse para assumir minha fraqueza, ainda que isso choque algumas pessoas ao redor, e porque não dizer, ainda que isso choque a mim mesma?
Dói. Dói não estar livre aonde se gostaria de estar. Mas então, me recordo das paisagens que já vi, dos frutos que já comi, dos abraços que já me envolveram até a alma... e por um instante, me refugio nas minhas próprias fotografias.
Te imploro que me abra os olhos para ver e desfrutar da liberdade que há em ti. Segure a minha mão, minha força é fraca, meu desânimo é grande, meu coração está esmiuçado, mas continuas dentro dEle.
Refaz-me, Pai de Amor!
Nenhum afeto, seria capaz de substituir o que fazes em mim, e de mim, quando a vida é dura, intrínseca e alheia ao meu próprio querer.
Sinto muito por lamentar quando pareces ser tão bom para comigo... Mas não posso fingir indiferença quando a dor latente no peito, implora para que a tua Palavra esmiúce a penha que se tornou o meu coração.
Faz-me nova, mesmo eu sendo velha e muitas vezes, guerreando contra os fantasmas de uma vida desperdiçada antes de te pertencer!
Eu bem sei, que tu me deste a paz indestrutível, mas te peço, ajuda-me a descansar em Ti como a criança que outrora faminta esperneava pelo seio da mãe e após ser alimentada, repousa satisfeita e feliz.
As vezes meu esperneio, é apenas um grito nesse deserto temporário em que se encontra a minha alma.
Bem sei que tudo podes, e se assim o queres, retira essa dor do meu peito, do contrário, ensina-me a estar satisfeita plenamente em Ti, o Deus da minha alma!
“Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim.
Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.” Salmo 131:1-3
Aida Priscila :)