sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Glória de Deus e o Profundo Deleite da Alma Humana São, em Si, a Mesma Coisa


John Piper

Jonathan Edwards escreveu:

Deus, ao buscar Sua glória, busca também o bem de suas criaturas porque a emanação de Sua glória... pressupõe a felicidade de Suas criaturas. E, em comunicar-lhes Sua inteireza Ele o faz para si mesmo, porque o bem de suas criaturas, o qual Ele busca, está na sua estreita união e comunhão com Deus. Deus é o bem de suas criaturas. A excelência e a felicidade de suas criaturas não são nada mais que a emanação e a expressão da glória de Deus. Deus, ao buscar a glória e a felicidade de suas criaturas, busca a Si mesmo, e, ao buscar a si mesmo, isto é, a si mesmo irradia-se... Ele busca a glória e a felicidade de suas criaturas.

Assim, pois, é fácil conceber-se como Deus pode buscar o bem da criatura... a sua felicidade, a começar por uma suprema consideração por Si mesmo, pois a felicidade da criatura procede de... exercitar uma suprema apreciação por Deus... em contemplar a glória de Deus, em estimá-la, em amá-la e em regozijar-se nela.

O respeito de Deus pelo bem da criatura e o seu respeito para consigo mesmo não é um respeito dividido; mas ambos formam uma unidade, pois a felicidade da criatura, que Deus visa, é a felicidade de sua união com Deus.

Em seu livro God’s Passion for His Glory: Living the Vision of Jonathan Edwards (com o texto completo de The End for Which God Created the World) (Wheaton, Ill.: Crossway Books, 1998), John Piper oferece quinze implicações das verdades citadas acima.

1. A paixão de Deus por sua própria glória e sua paixão por minha alegria, não se contradizem.

2. Deus está comprometido com minha crescente alegria em si mesmo, assim como está comprometido com sua própria glória.

3. O amor de Deus pelos pecadores, não é o de ter pensamentos elevados dos mesmos, mas de, graciosamente, os libertar e fortalecer para que se alegrem e o exaltem.

4. Toda verdadeira virtude entre os seres humanos deve trazer os indivíduos a se regozijarem na glória de Deus.

5. Segue-se, ainda, que o pecado é a troca suicida da glória de Deus pelas cisternas rotas das coisas criadas.

6. O céu será um perpétuo e crescente descobrimento da glória de Deus, com um regozijo cada vez maior em Deus.

7. O Inferno é terrivelmente real, consciente, horrível e eterno – a experiência em que Deus justifica o valor de sua glória, em ira santa derramada sobre aqueles que não se deleitaram naquilo que é infinitamente glorioso.

8. Evangelização é a demonstração da beleza de Cristo e de sua obra salvífica, com um profundo sentimento de amor que trabalha a fim de ajudar as pessoas a encontrarem sua plena satisfação em Deus.

9. De igual maneira, a pregação cristã, como parte do culto corporativo da Igreja, é uma exultação expositiva sobre as glórias de Deus em seu mundo, com o propósito de atrair o povo de Deus dos prazeres fugazes do pecado, para o caminho sacrifical de obediência a Deus.

10. A essência da autêntica adoração corporativa é a experiência coletiva de sincera satisfação na glória de Deus, ou o temor por reconhecer que não possuímos, mas que profundamente almejamos a dita satisfação.

11. Missões mundiais é a declaração das glórias de Deus entre os povos ainda não alcançados, com vistas à reunião de adoradores que exaltem a Deus através da alegria manifesta, de vidas radicalmente obedientes.

12. Oração é clamar a Deus por ajuda, de maneira a demonstrar claramente que ele tem gloriosamente todos os recursos, e que nós somos, humilde e alegremente, necessitados de sua graça.

13. A tarefa a que o crente é incumbido em seu conhecimento acadêmico é a de estudar toda a realidade como manifestações da glória de Deus, falar sobre elas com exatidão, e, nestas coisas, saborear a beleza de Deus.

14. A maneira de glorificar Deus na morte é encará-la como ganho.

15. “É um dever cristão, como você sabe, que cada pessoa seja feliz o quanto puder.” (C. S. Lewis)

Tradução: Roberto Freire


Fonte: http://blog.editorafiel.com.br/

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