quarta-feira, 21 de março de 2018

Alma quebrantada...


Quebrantar-se e prosseguir... tomar a cruz e te seguir.
Andar atrás e seguindo os teus passos, com o intuito de tomar a poeira que os teus pés deixam impregnadas em minhas próprias vestes, como foi no começo...

E apesar de tudo isso, Tu continuas sendo meu e eu continuo sendo tua!

Ouvir o som que vem do silêncio de Te pertencer em paz... Sentir o toque do que é eterno ainda nessa vida passageira, sem se quer merecer o tato.

E apesar das minhas falhas, limites e lamentações, Tu humildemente levanta a minha cabeça para que eu Te olhe e percebas, que Tu me conheces e apesar de quem eu ainda sou, Tu me amas verdadeiramente.

Não há nada que eu faça, que possa apagar esse amor, capaz de destruir essa ponte, e onde quer eu me esconda Tu abres a porta, tu entras... ou tu já estás lá?

O que acontece com todo o meu ser, corpo e vida, me arrastam pra Ti... E eu sinceramente, não mereço Teu amor e tamanha pureza.

Me destes um anel, firmaste uma aliança comigo, trocastes as minhas vestes, puseste-me em teus ombros quando eu ainda estava suja, ferida e abandonada... E desde então, Tens sido meu sustento, Tu és, o que ninguém pode ser! Tu ocupas o lugar que ninguém pode exercer...

Tu tens sido meus dias de paz, quando estou perdida no tempo, no espaço e no descompasso desse coração as vezes acelerado, outras, lento em seus próprios sentimentos.

Tu nunca vais, Tu nunca abandonas o órfão, a viúva e os indesejados... Ninguém que Te segue, e que Te serve se arrepende do caminho tomado, porque Tu controlas todas as estações e estás bem presente em cada uma delas e quando o medo vem.

Tens um compasso, eu sou letra em tuas mãos, és melodia, ritmo e harmonia e na minha canção nada me falta, se Tu estás a procurar-me e atrair-me como nenhum outro, porque Tu és Deus e eu obra de Tuas perfeitas mãos.

Ainda que o sol se ponha um pouco mais lento do lado de cá, enquanto outros correm do lado de lá na iminência do fim do dia chegar, Tu estendes as mãos, toma-me em Teus braços e aquieta o que eu sou.

Tu me marcaste em teu corpo, de maneira que jamais serei apagada... És meu, sou tua, e prossigo em conhecer-te mesmo em meio há tudo aquilo que ainda não compreendo por inteiro.

Tens a minha vida em Tuas mãos, e como um bom e amável oleiro, trabalhas no desfazer e refazer dessa que impulsionada pelo teu doce amor, busca diligentemente se submeter ao que queres fazer...

A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.”
Jeremias 18:1-6

Sola Gratia!

Aida Priscila :)

Nenhum comentário:

Postar um comentário