domingo, 20 de fevereiro de 2011

Alimento...

Judas 3:11 “Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? 12: Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.”
Dia desses trabalhando no interior do estado, parei para almoçar com um colega de trabalho e enquanto nos dirigíamos ao restaurante, eu imaginava o que iria comer, e decidi com muita vontade e fome, comer pastel de camarão com um refrigerante bem gelado. Porém, chegando ao local escolhido, meu colega preferiu almoçar e o acompanhei até o Buffet e quando vi saladas e filé de peixe frito, o pastel de camarão foi substituído.
Na saída do restaurante enquanto esperava na fila para pagar, olhei para a porta e vi um mendigo procurando comida na lixeira, aquilo me deixou tão triste (olhei ao redor e todos olhavam para ele, mas olhavam com nojo e eu me senti reprimida a fazer o que eu de fato queria fazer), e num ato de coragem, esqueci as pessoas ao redor e me dirigi até um balcão de lanches e pedi o pastel de camarão e peguei um refrigerante na geladeira. Cheguei até ele e disse: Isso é para você, Deus te ama querido! Ele me olhou e falou: Moça obrigado, mas esse refrigerante eu não posso tomar por causa do diabetes, tem de ser sem açúcar. Eu parei, pensei, pedi um minuto e voltei na geladeira e peguei um refrigerante sem açúcar. Ele agradeceu, sorriu e enquanto eu saia do local, observei que ele carregava uma sacola cheia de coisas que estavam em algum lixo, que ele havia apanhado em algum lugar.
            A recusa dele pelo primeiro refrigerante, parece até cômico; como uma pessoa que se alimenta do lixo, escolhe um refrigerante preocupado com diabetes?
            Isso me faz voltar há alguns anos, e lembrar-se de situações que aconteceram em minha vida, quando eu não conhecia Jesus e devido às obras que praticava pensava que tinha certa “pontuação” em algum lugar do universo, desde minhas atitudes ligadas a responsabilidade social, até as minhas atitudes “do bem” ligadas ao meio em que eu vivia.
Lembro-me há alguns anos, que eu e meu irmão mais velho tivemos uma discussão e em meio há algumas palavras ditas no intuito de magoarmos um ao outro, eu disse a ele algumas palavras com relação há sua postura e envolvimento com algumas coisas que eu julgava errada e que envolviam toda a nossa família. Lembro-me que ele por saber de algo que eu vivia na época, se defendeu e disse: E você que está tendo um relacionamento homossexual, me diga qual a diferença entre o nosso pecado? Na ocasião eu estava cheia de razão porque pensava que por viver minha vida do jeito que eu queria, sem causar nenhum dano às pessoas, estava mais correta e em um nível muito melhor que o dele. Engano o meu. Na época nenhum de nós era cristão (mas o pecado que ele se referia, vinha da cultura evangélica introduzida desde a infância em nossa casa), mas tínhamos certa consciência de algumas praticas que eram abomináveis a Deus.
Você deve estar se questionando, o que isso tem haver com o mendigo do início do texto? Tudo! Muitas vezes nós estamos repletos de razões, baseadas em nossas escolhas, cultura e no nosso julgamento moral de algumas coisas, e achamos que por não praticar determinadas atitudes que algumas pessoas tem, ou não ferirmos a individualidade, espaço e a vida do outro, temos algo de valor, porque baseado em nossos próprios valores, julgamos todos ao nosso redor e nos esquecemos que não tomamos o “refrigerante” que tem açúcar, mas estamos catando restos de alimentos no intuito de satisfazermos alguma fome que temos, nas lixeiras da vida.
Essa semana trabalhei em Curitiba e tive a oportunidade de passar alguns dias com uma grande amiga, e em meio a nossos diálogos, falávamos da busca pela santidade e na busca da intimidade com Deus. Temos buscado em Deus muitas coisas em comum, entre elas, um cristianismo que agrade a Deus. Comentávamos que uma das coisas que devemos buscar em Deus, vai além do esquivar-se de algumas coisas que vão contra a sua palavra, mas viver verdadeiramente aquilo que Jesus nos ensinou e trazer mais do reino dos céus para o nosso dia a dia.
Nesses anos em que tenho vivido o cristianismo, conheci, vi, tenho visto, e tenho orado por muitas pessoas que dizem viver o cristianismo, mas que hora ou outra suas atitudes dominadas pela ganância, amor ao dinheiro, mentira, engano, manipulação, pelos desejos incontroláveis de pecar, pela fofoca, pelas criticas aos lideres das igrejas, enfim, por todas as atitudes que as fazem cada vez menos parecidas com Jesus e cada vez mais inseridas e parecidas com o mundo; e tenho pedido a Deus que Ele jamais permita que a busca por ele se esfrie em minha vida e que dia após dia o amor por ele aumente, pois quando isso acontece tudo ao redor é menos importante do que buscar fazer a sua vontade.
Essas pessoas que dizem viver o cristianismo, mas praticam atos que contradizem a palavra de Deus, são como a árvore que Jesus se refere em Mateus 7: 16 “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? 17: Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. 18: Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. 19: Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. 20: Portanto, pelos seus frutos os conhecereis...”
Logo que me converti chamei uma colega de faculdade no msn, a gente não se falava há mais de 2 anos e na faculdade eu raramente conversava com ela, porque não tínhamos afinidade e sabia que ela era evangélica e não tinha paciência para pessoas que se diziam cristãs; ao chamá-la fui logo dizendo que eu tive um encontro verdadeiro com Deus e que eu o amava acima de todas as coisas e que estava desfrutando de uma felicidade nunca vivida antes. Ela me respondeu algo como: legal, aproveite bem esse inicio, porque isso é o primeiro amor... Depois dela, conheci várias pessoas que eram cristãs e que quando eu argumentava sobre o que eu estava sentindo por Deus diziam a mesma coisa: Aproveite, isso é o primeiro amor, com o tempo isso mudará, se esfriará...
Depois de ouvir isso algumas vezes, uma das minhas orações a Jesus é semelhante a minha oração de quando o convidei a entrar na minha vida, tenho dito freqüentemente a ele: Faça-me te amar cada vez mais Senhor, que amanhã eu te ame mais que hoje e assim a cada dia da minha vida, que teu amor se torne abundante nos meus dias.
            Então todas as vezes que alguém que já é cristão chega até mim e argumenta sobre o primeiro amor, digo: Meu querido, minha querida: Esse é o meu Primeiro, Único e Eterno Amor! (E já faz muito tempo que ninguém vem com esse balde de água fria para cima de mim.)
O que determina o nível de relacionamento que teremos com Deus e o quanto dele se revelará a nós, são as nossas atitudes.
            Nossas atitudes determinam se vamos continuar vivendo uma vida sem “refrigerante com açúcar”, mas nos alimentando das lixeiras da vida; ou se seguiremos com Jesus, experimentando o que o apóstolo Paulo provou e nos deixou registrado em Felipenses 3:8 “...Considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo, 9: e estar unido com Ele...”
Peço a Deus que jamais permita que você entre em um nível de relacionamento com ele onde na medida em que passem os dias, o seu amor por ele diminua e a sua busca por ele não seja intensa, e que você por algum motivo se distancie do desejo de ser como Jesus. Que ele te sustente em suas mãos e que você seja uma fonte de água doce e uma árvore de bons frutos.
E você que ainda não serve a Jesus, o meu desejo é que ele te encontre e revolucione a tua vida! Que Ele te leve a buscar dia a dia a sua face, e que nesse buscar ele se revele amavelmente a ti e que cuidadosamente te carregue em seus braços...


Aida Priscila ( :

2 comentários:

  1. Oi Aida, se não me engano um dia a noite eu estava chegando no inglês quando vi um carro preto estacionado e o link deste blog e fiquei radiante quando vi o endereço, quando vi as obras maravilhosas que Deus faz e decidi entrar no seu blog. Estou comentando neste texto porque me identifiquei de muitas formas. Bom, acredito que seja isso por enquanto, fica com Deus!

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  2. Olá Deborah, fico feliz e grata em saber que se identificasse de alguma forma com o blog. Espero que Deus venha se manifestar gradativamente em sua vida no perfeito Amor que só Ele é capaz de nos dar!
    A propósito, foi no inglês mesmo que visse o carro.

    Abraço! (:

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