domingo, 28 de outubro de 2012

O Senhor é o Meu Pastor - Parte 4



Por que oramos?

Qualquer pessoa atenta que luta com a oração se pergunta: “Afinal porque orar?” Será que o objetivo primordial da oração é obter favores de Deus? O autor George MacDonald ofereceu esta análise racional para oração: “E se Deus sabe que a primeira e última coisa que precisamos é a oração? E se para Deus o item principal da oração é prover nossas muitas, infindáveis necessidades – a necessidade dele mesmo? A comunhão com Deus é a necessidade da alma, além de todas as outras. A oração é o princípio desta comunhão, do falar com Deus, do relacionamento pessoal com Ele, - é o único motivo, sim, da própria existência”.

            Deus nos quer para Ele mesmo, e deseja ter comunhão conosco. O seu objetivo na oração não é nos fazer sentarmos e implorar, Ele deseja que nós o conheçamos.

            Por essa razão, Deus se fez conhecido através de Seu Filho Jesus Cristo, que morreu na cruz e ressuscitou para pagar a penalidade por nossos pecados. Se você não conhece Cristo como seu Salvador, procure-o em oração – talvez pela primeira vez – confesse seu pecado, e receba o perdão necessário. “Porque Deus amou ao mundo de tal que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

            Somente assim você começará uma comunicação verdadeiramente importante com Deus, a qual é essencial para o seu bem-estar espiritual assim como a respiração é essencial para a sua vida física.


Fonte: Edição Especial - Nosso Andar Diário – Convenção Batista Catarinense


No amor de Cristo,

Aida Priscila ( :

Vineyard Music - Quebrantado

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Senhor é o Meu Pastor - Parte 3



INDO A DEUS EM ORAÇÃO

À medida que ouvimos Deus, devemos responder. Isto é oração – nossa resposta à revelação e às evidências do coração de Deus. O poeta francês Alfred de Mussett disse: “Meu Deus, a tua criatura responde a ti”. A oração, entendida desta maneira, é uma extensão dos nossos encontros com Deus, em vez de ser algo forçado.
          Nossos encontros com Deus são como uma conversa educada com um amigo. Não são monólogos em que apenas um das pessoas fala e a outra escuta, mas diálogos nos quais escutamos cuidadosamente um ao outro se revelando e depois reagimos.
           Um dos meus colegas descreveu o processo da seguinte maneira: Se estivermos lendo um bilhete de uma pessoa amada no qual somos elogiados, amados, apreciados, aconselhados, corrigidos e auxiliados de várias maneiras, e esta pessoa estiver presente na sala enquanto lemos, é mais do que justo que expressemos nossos agradecimentos pela mensagem; e a recebamos com amor. Seria rude agir de outro modo. Isso é oração.
      Se você não souber por onde começar, ore os salmos de Davi. A vida de Davi se caracterizava pela oração (veja Salmo 109:4). A oração era a essência da vida e caráter de Davi, e nossa também. Temos este acesso a Deus, esta intimidade com Ele, esta oportunidade de receber tudo que o Seu coração guarda para nós. A oração é o meio pelo qual recebemos os dons de Deus – os meios pelos quais tudo é feito.
         Oração é adoração. Nossa oração deveria ser cheia de devoção, afeição e ternura por Deus: por Ele ser aquilo que é; por nos criar para receber o derramar do Seu amor; por abrir Seus braços estendidos na cruz; por querer, no mais amplo sentido, nos tornar homens e mulheres integrais. Na adoração, como adora-ação indica, declaramos aquilo que mais valorizamos em Deus. É uma das melhores maneiras no mundo de amar a Deus.
        A oração é a mais alta expressão da nossa dependência de Deus. É pedir aquilo que queremos. Podemos pedir qualquer coisa – até mesmo as mais difíceis. “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça” (Filipenses 4:6). Tudo que for suficientemente grande para ocupar nossos pensamentos é suficientemente grande para ser objeto de nossas orações.
        Seja como for, a oração é petição por sua natureza. Não é insistência nem clamor. Não podemos exigir de Deus, nem fazer acordos com Ele. Nós esperamos com paciência e submissão até que Deus nos dê aquilo que pedimos ou algo mais. Davi escreveu: “Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe” (Salmo 131:2). Davi estava no exílio, esperando por Deus, aprendendo a não se preocupar com as Suas demoras e outras maneiras misteriosas. Não mais ansioso e impaciente, ele esperou que Deus respondesse no Seu devido tempo e em Sua maneira. Ele é capaz de fazer muito mais do que pedimos ou imaginamos, mas Deus precisa fazê-lo em Seu tempo e Sua maneira.
        Orar é pedir por entendimento. Este é o meio pelo qual compreendemos o que Deus está nos dizendo em Sua Palavra. O processo através do qual recebemos o discernimento de Sua mente não é natural, mas sobrenatural; as coisas espirituais se discernem espiritualmente (1 Coríntios 2: 6-16). Há verdades que nunca poderão ser compreendidas pelo intelecto humano. Não podem ser descobertas; precisam ser reveladas. Certamente podemos entender os fatos da Bíblia sem ajuda de Deus, mas jamais poderemos mergulhar nas Suas profundezas, nem apreciar completamente “o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9).
      A oração transporta aquilo que sabemos em nossa mente para o nosso coração; a oração é o nosso escudo contra a hipocrisia, a maneira pela qual começamos a ser verdadeiros. Nossas percepções da verdade estão sempre adiante de nossa condição. A oração nos harmoniza e preenche o vazio entre aquilo que sabemos e aquilo que somos.
        Concentrar-se em Deus a cada manhã deveria ser feito como se nunca tivesse sido feito antes. Naquele lugar seguro, Ele nos conforta, instrui, ouve, prepara nossos corações e nos fortalece para o dia. Ali aprendemos a amá-lo e adorá-lo novamente. Apreciamos Suas palavras e mais uma vez nos rendemos a Ele. Dele recebemos uma nova perspectiva sobre os problemas e possibilidades do nosso dia. Deveríamos levar Sua presença conosco durante todo o dia – andando, parando, esperando, escutando, lembrando o que Ele nos disse pela manhã. Ele é nosso mestre, nosso filósofo, nosso amigo; nosso companheiro mais gentil, bondoso e interessante.
      Na presença de Deus há satisfação. Seus pastos exuberantes não têm limites; Suas águas tranquilas são profundas. Digo a mim mesmo: “Apascentá-las-ei de bons pastos, [...] deitar-se-ão ali em boa pastagem e terão pastos bons...” (Ezequiel 34:14).


Fonte: Edição Especial - Nosso Andar Diário – Convenção Batista Catarinense


Minha oração é que tenhamos mais de Deus derramado em nossos dias...

Aida Priscila ( :

9 - Vem Derramar - Rodolfo Abrantes - RABT

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Senhor é o Meu Pastor - Parte 2



OUVINDO DEUS ATRAVÉS DE SUA PALAVRA

Enquanto não nos aquietarmos, não ouviremos a voz de Deus, Ele falará conosco se lhe dermos a oportunidade, se o ouvirmos, se ficarmos calados. O salmista escreveu: “Aquietai-vos e sabeis que eu sou Deus” (Salmo 46:10). “Ouvi-me atentamente”. Deus suplica, “comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares. Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá”... (Isaías 55: 2-3)
            Não há outra maneira, ouça-o. Jeremias disse “Achadas as tuas palavras, logo as comi” (Jeremias 15:16). Sente-se aos pés dele e deixe que Ele o alimente. Este é o melhor lugar para se estar (Lucas 10:38-42).
            Muitos de nós, apesar de lermos a Sua Palavra, não nos nutrimos diante de Deus. Estamos mais preocupados em dominar o texto – encontrar o seu significado preciso, juntar teorias e teologias – para falarmos de modo mais inteligente sobre Deus. No entanto, a principal finalidade da leitura da Bíblia não é acumular conhecimento sobre Sua pessoa, mas vir a Ele e conhecê-lo como nosso Deus vivo.
            Jesus disse aos maiores estudiosos da Bíblia dos Seus dias: “Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”. (João 5:39) Queremos ir além da informação; para ver Deus, para sermos moldados e instruídos por Sua verdade. Há uma satisfação passageira – a alegria da descoberta – em adquirir conhecimento sobre a Bíblia, mas nisso somente, não há vida. A Bíblia não é um fim, mas um estímulo à nossa interação com Deus.
            Comece com um desejo consciente de dedicar-se a Ele de modo pessoal. Escolha e leia uma parte das escrituras – um versículo, uma parágrafo, um capítulo – repetidamente. Pense nele como alguém presente que está falando com você, abrindo Sua mente, emoções e vontade. Deus é articulado. Ele fala conosco através da Sua palavra. Medite nas Suas Palavras até que os pensamentos dele dominem sua mente.
            Pensamentos é a palavra correta, pois é exatamente isto que a Bíblia é: a mente de Cristo (veja 1 Coríntios 2: 6-16). Quando lemos Sua palavra, estamos lendo sua mente – aquilo que Ele sabe, sente, quer, gosta, deseja, ama e detesta.
            Separe um momento para refletir sobre o que Ele está dizendo. Pense em cada palavra. Dê-se um tempo para contemplá-lo em oração até Deus revelar Seu desejo e o seu coração tornar-se receptivo.
            Jean-Pierre de Caussade escreveu: “Leia silenciosa e vagarosamente, palavra por palavra para compreender o assunto mais com o coração do que com a mente. De vez em quando faça pequenas pausas para permitir que essas verdades possam transbordar nos recônditos da alma”.
            Ouça cuidadosamente as palavras que o emocionam e medite em Sua bondade. “alimenta-te da verdade” (Salmo 37:3). Reflita sobre Sua bondade e os vislumbres do Seu amor infalível, que o motivam a amá-lo mais (Salmos 48:9). Saboreie Suas palavras. “Oh provai e vede que o Senhor é bom” (Salmo 34:8).
            Madre Tereza disse: “Passe uma hora por dia em adoração ao Senhor, e você ficará bem”. No inicio não é importante quanto tempo gastamos. O importante é começar. O Espírito de Deus nos dirá o que fazer dali por diante.
            Nossas leituras deveriam ser direcionadas a uma apreciação de Deus, a deleitar-se nele – “... para contemplar a beleza do Senhor”, como disse Davi (Salmo 27:4). Quando nos aproximamos de Deus desta maneira, ficamos predispostos a querer mais dele. Agostinho disse: “Eu te provei, e agora tenho fome de ti”.
            São os “limpos de coração” que “verão a Deus”, disse Jesus em Mateus 5:8. Quanto mais soubermos sobre a verdade de Deus e quisermos obedecer, tanto mais saberemos.
            Também não deveríamos nos preocupar com as nossas dúvidas. Como Deus poderia revelar-se de maneira a não deixar espaço para dúvida? Madelein L´Engle disse: “Aqueles que acreditam crer em Deus [...] sem angústia na mente, sem incertezas, sem dúvidas ou mesmo sem ocasionais desesperos, creem apenas na concepção de Deus, não no próprio Deus”.
          O nome do jogo é incerteza. O melhor a fazer é levar nossos questionamentos e dúvidas diretamente a Deus, como Davi fazia com frequência. Seus salmos estão repletos de desconforto e desacordo às maneiras de Deus. Ele enche páginas e páginas com confusão e descrença. É bom fazer assim. Deus pode lidar com as nossas incertezas.
           Às vezes estamos mais lentos ou emocionalmente vazios, ansiados e entediados. Em tais ocasiões, não vale a pena tentarmos nos obrigar a pensar mais profundamente ou reagir com mais intensidade. Nunca deveríamos nos preocupar sobre como nos sentimos. Mesmo quando nossas mentes estão confusas ou quando nossos corações estão frios, podemos aprender em nossa solitude. Não tente obrigar seu coração a amar a Deus. Simplesmente entregue o seu coração a Ele.
          Se ainda não confiamos em Seu caráter deveríamos ler os evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Neles podemos ler o que Jesus disse e fez, e o que foi dito sobre Ele. Observamos nestes evangelhos como Ele torna visível o Deus invisível. A principal aplicação dos Evangelhos é ajudar-nos a perceber o caráter de Deus evidenciado, personalizado e compreensível na pessoa de Jesus. Aquilo que vemos Jesus fazer – se importando, sofrendo, chorando, chamando, buscando – é o que Deus está fazendo e fez o tempo todo. Se você não consegue amar a Deus, tento vê-lo em Jesus. Em Cristo, Ele é mostrado como alguém que não têm limites em Seu amor; alguém a quem podemos contar todas as nossas dúvidas, decepções e juízos errôneos; alguém “a quem podemos abordar sem medo e nos submeter sem desesperar” (Blaise Pascal). Nos evangelhos vemos que Deus é único Deus que vale a pena ter.

Fonte: Edição Especial - Nosso Andar Diário – Convenção Batista Catarinense 


Fiquem na Paz e no Amor que excedem todo entendimento humano,


Aida Priscila ( :

Tu és Fiel - Paulo César Baruk

sábado, 20 de outubro de 2012

O Senhor é o Meu Pastor - Parte 1


Jesus chamou Seus seguidores de ovelhas. E como suas ovelhas, desejamos compreender o que significa encontrar o contentamento sob o atento olhar de nosso Pastor: carinhoso, confiável e eterno. “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso” (Salmo 23:1-2).

TEMPO A SÓS COM DEUS

Onde podemos encontrar solitude? Onde encontramos um lugar calmo em meios às exigências desse mundo? Jesus disse: “...quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto...” (Mateus 6:6)

            Há um local de encontro tão próximo quanto nosso quarto, um momento e um lugar onde podemos nos encontrar com Deus e ouvir seus pensamentos, e Ele pode ouvir os nossos; um momento para dois, em que Ele recebe toda nossa atenção e nós temos toda a Sua atenção.

            Solitude é um lugar de cura onde Deus pode consertar os danos feitos pelos ruídos do mundo. “Quanto mais você o visita”, disse Thomas à Kempis, “mais vai quere retornar”.

            “Quero acordar a alva!” diz Davi (Salmo 57:8). Há algo a se dizer sobre o encontrar-se com Deus antes que nossos dias movimentados iniciem e nossas agendas comecem a nos tiranizar. Porém não entendamos isto de modo legalista, como se significasse que temos que levantar antes do sol para merecer um encontro com Deus. Para muitas pessoas, a melhor hora é pela manhã; para outros, a manhã parece o melhor momento para Satanás perturbar. Isto é algo que você precisa negociar com o seu corpo. Mais importante é o anelo por encontrá-lo.  A vantagem em encontrá-lo bem cedo é que ouvimos os Seus pensamentos antes mesmo que outros pensamentos invadam nossas mentes.

            O primeiro passo é encontrar uma Bíblia, um lugar calmo, e um período de tempo sem interrupções. Sente, aquiete e lembre-se que está na presença de Deus. Ele está lá com você, ansioso para encontrá-lo. A. W. Tozer disse: “Permaneça nesse lugar secreto até que os ruídos comecem a desaparecer do seu coração, até que a presença de Deus o envolva. Procure ouvir Sua voz interior até aprender a reconhecê-la”.

Fonte: Edição Especial - Nosso Andar Diário – Convenção Batista Catarinense


Shalom! 

Aida Priscila ( :

Fernanda Brum - Tempo de Crescer