INDO
A DEUS EM ORAÇÃO
À medida que ouvimos Deus,
devemos responder. Isto é oração – nossa resposta à revelação e às evidências
do coração de Deus. O poeta francês Alfred de Mussett disse: “Meu Deus, a tua
criatura responde a ti”. A oração, entendida desta maneira, é uma extensão dos
nossos encontros com Deus, em vez de ser algo forçado.
Nossos encontros com Deus são como uma conversa educada
com um amigo. Não são monólogos em que apenas um das pessoas fala e a outra
escuta, mas diálogos nos quais escutamos cuidadosamente um ao outro se
revelando e depois reagimos.
Um dos meus colegas descreveu o processo da seguinte
maneira: Se estivermos lendo um bilhete de uma pessoa amada no qual somos
elogiados, amados, apreciados, aconselhados, corrigidos e auxiliados de várias
maneiras, e esta pessoa estiver presente na sala enquanto lemos, é mais do que
justo que expressemos nossos agradecimentos pela mensagem; e a recebamos com
amor. Seria rude agir de outro modo. Isso é oração.
Se você não souber por onde começar, ore os salmos de
Davi. A vida de Davi se caracterizava pela oração (veja Salmo 109:4). A oração
era a essência da vida e caráter de Davi, e nossa também. Temos este acesso a
Deus, esta intimidade com Ele, esta oportunidade de receber tudo que o Seu
coração guarda para nós. A oração é o meio pelo qual recebemos os dons de Deus –
os meios pelos quais tudo é feito.
Oração é adoração. Nossa oração deveria ser cheia de
devoção, afeição e ternura por Deus: por Ele ser aquilo que é; por nos criar
para receber o derramar do Seu amor; por abrir Seus braços estendidos na cruz;
por querer, no mais amplo sentido, nos tornar homens e mulheres integrais. Na
adoração, como adora-ação indica,
declaramos aquilo que mais valorizamos em Deus. É uma das melhores maneiras no
mundo de amar a Deus.
A oração é a mais alta expressão da nossa dependência de
Deus. É pedir aquilo que queremos. Podemos pedir qualquer coisa – até mesmo as
mais difíceis. “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com
ações de graça” (Filipenses 4:6). Tudo que for suficientemente grande para
ocupar nossos pensamentos é suficientemente grande para ser objeto de nossas
orações.
Seja como for, a oração é petição por sua natureza. Não é
insistência nem clamor. Não podemos exigir de Deus, nem fazer acordos com Ele. Nós
esperamos com paciência e submissão até que Deus nos dê aquilo que pedimos ou
algo mais. Davi escreveu: “Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma;
como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe” (Salmo 131:2). Davi
estava no exílio, esperando por Deus, aprendendo a não se preocupar com as Suas
demoras e outras maneiras misteriosas. Não mais ansioso e impaciente, ele
esperou que Deus respondesse no Seu devido tempo e em Sua maneira. Ele é capaz
de fazer muito mais do que pedimos ou imaginamos, mas Deus precisa fazê-lo em
Seu tempo e Sua maneira.
Orar é pedir por entendimento. Este é o meio pelo qual
compreendemos o que Deus está nos dizendo em Sua Palavra. O processo através do
qual recebemos o discernimento de Sua mente não é natural, mas sobrenatural; as
coisas espirituais se discernem espiritualmente (1 Coríntios 2: 6-16). Há
verdades que nunca poderão ser compreendidas pelo intelecto humano. Não podem
ser descobertas; precisam ser reveladas. Certamente podemos entender os fatos da
Bíblia sem ajuda de Deus, mas jamais poderemos mergulhar nas Suas profundezas,
nem apreciar completamente “o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”
(1 Coríntios 2:9).
A oração transporta aquilo que sabemos em nossa mente
para o nosso coração; a oração é o nosso escudo contra a hipocrisia, a maneira
pela qual começamos a ser verdadeiros. Nossas percepções da verdade estão
sempre adiante de nossa condição. A oração nos harmoniza e preenche o vazio
entre aquilo que sabemos e aquilo que somos.
Concentrar-se em Deus a cada manhã deveria ser feito como
se nunca tivesse sido feito antes. Naquele lugar seguro, Ele nos conforta,
instrui, ouve, prepara nossos corações e nos fortalece para o dia. Ali
aprendemos a amá-lo e adorá-lo novamente. Apreciamos Suas palavras e mais uma
vez nos rendemos a Ele. Dele recebemos uma nova perspectiva sobre os problemas
e possibilidades do nosso dia. Deveríamos levar Sua presença conosco durante
todo o dia – andando, parando, esperando, escutando, lembrando o que Ele nos
disse pela manhã. Ele é nosso mestre, nosso filósofo, nosso amigo; nosso
companheiro mais gentil, bondoso e interessante.
Na presença de Deus há satisfação. Seus pastos
exuberantes não têm limites; Suas águas tranquilas são profundas. Digo a mim
mesmo: “Apascentá-las-ei de bons pastos, [...] deitar-se-ão ali em boa pastagem
e terão pastos bons...” (Ezequiel 34:14).
Fonte:
Edição Especial - Nosso Andar Diário – Convenção Batista Catarinense
Minha oração é que tenhamos
mais de Deus derramado em nossos dias...
Aida Priscila ( :
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