quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Senhor é o Meu Pastor - Parte 3



INDO A DEUS EM ORAÇÃO

À medida que ouvimos Deus, devemos responder. Isto é oração – nossa resposta à revelação e às evidências do coração de Deus. O poeta francês Alfred de Mussett disse: “Meu Deus, a tua criatura responde a ti”. A oração, entendida desta maneira, é uma extensão dos nossos encontros com Deus, em vez de ser algo forçado.
          Nossos encontros com Deus são como uma conversa educada com um amigo. Não são monólogos em que apenas um das pessoas fala e a outra escuta, mas diálogos nos quais escutamos cuidadosamente um ao outro se revelando e depois reagimos.
           Um dos meus colegas descreveu o processo da seguinte maneira: Se estivermos lendo um bilhete de uma pessoa amada no qual somos elogiados, amados, apreciados, aconselhados, corrigidos e auxiliados de várias maneiras, e esta pessoa estiver presente na sala enquanto lemos, é mais do que justo que expressemos nossos agradecimentos pela mensagem; e a recebamos com amor. Seria rude agir de outro modo. Isso é oração.
      Se você não souber por onde começar, ore os salmos de Davi. A vida de Davi se caracterizava pela oração (veja Salmo 109:4). A oração era a essência da vida e caráter de Davi, e nossa também. Temos este acesso a Deus, esta intimidade com Ele, esta oportunidade de receber tudo que o Seu coração guarda para nós. A oração é o meio pelo qual recebemos os dons de Deus – os meios pelos quais tudo é feito.
         Oração é adoração. Nossa oração deveria ser cheia de devoção, afeição e ternura por Deus: por Ele ser aquilo que é; por nos criar para receber o derramar do Seu amor; por abrir Seus braços estendidos na cruz; por querer, no mais amplo sentido, nos tornar homens e mulheres integrais. Na adoração, como adora-ação indica, declaramos aquilo que mais valorizamos em Deus. É uma das melhores maneiras no mundo de amar a Deus.
        A oração é a mais alta expressão da nossa dependência de Deus. É pedir aquilo que queremos. Podemos pedir qualquer coisa – até mesmo as mais difíceis. “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça” (Filipenses 4:6). Tudo que for suficientemente grande para ocupar nossos pensamentos é suficientemente grande para ser objeto de nossas orações.
        Seja como for, a oração é petição por sua natureza. Não é insistência nem clamor. Não podemos exigir de Deus, nem fazer acordos com Ele. Nós esperamos com paciência e submissão até que Deus nos dê aquilo que pedimos ou algo mais. Davi escreveu: “Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe” (Salmo 131:2). Davi estava no exílio, esperando por Deus, aprendendo a não se preocupar com as Suas demoras e outras maneiras misteriosas. Não mais ansioso e impaciente, ele esperou que Deus respondesse no Seu devido tempo e em Sua maneira. Ele é capaz de fazer muito mais do que pedimos ou imaginamos, mas Deus precisa fazê-lo em Seu tempo e Sua maneira.
        Orar é pedir por entendimento. Este é o meio pelo qual compreendemos o que Deus está nos dizendo em Sua Palavra. O processo através do qual recebemos o discernimento de Sua mente não é natural, mas sobrenatural; as coisas espirituais se discernem espiritualmente (1 Coríntios 2: 6-16). Há verdades que nunca poderão ser compreendidas pelo intelecto humano. Não podem ser descobertas; precisam ser reveladas. Certamente podemos entender os fatos da Bíblia sem ajuda de Deus, mas jamais poderemos mergulhar nas Suas profundezas, nem apreciar completamente “o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9).
      A oração transporta aquilo que sabemos em nossa mente para o nosso coração; a oração é o nosso escudo contra a hipocrisia, a maneira pela qual começamos a ser verdadeiros. Nossas percepções da verdade estão sempre adiante de nossa condição. A oração nos harmoniza e preenche o vazio entre aquilo que sabemos e aquilo que somos.
        Concentrar-se em Deus a cada manhã deveria ser feito como se nunca tivesse sido feito antes. Naquele lugar seguro, Ele nos conforta, instrui, ouve, prepara nossos corações e nos fortalece para o dia. Ali aprendemos a amá-lo e adorá-lo novamente. Apreciamos Suas palavras e mais uma vez nos rendemos a Ele. Dele recebemos uma nova perspectiva sobre os problemas e possibilidades do nosso dia. Deveríamos levar Sua presença conosco durante todo o dia – andando, parando, esperando, escutando, lembrando o que Ele nos disse pela manhã. Ele é nosso mestre, nosso filósofo, nosso amigo; nosso companheiro mais gentil, bondoso e interessante.
      Na presença de Deus há satisfação. Seus pastos exuberantes não têm limites; Suas águas tranquilas são profundas. Digo a mim mesmo: “Apascentá-las-ei de bons pastos, [...] deitar-se-ão ali em boa pastagem e terão pastos bons...” (Ezequiel 34:14).


Fonte: Edição Especial - Nosso Andar Diário – Convenção Batista Catarinense


Minha oração é que tenhamos mais de Deus derramado em nossos dias...

Aida Priscila ( :

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