terça-feira, 30 de junho de 2015

Mártir Inútil

“E ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.” (1Co 13.3b)

Paulo comenta agora sobre a situação extrema de alguém ser tão dedicado a Deus que se entrega para ser queimado. Talvez estivesse pensando nos três amigos de Daniel - Sadraque, Mesaque e Abede-Nego -, que preferiram “ENTREGAR OS SEUS CORPOS, A SERVIREM E ADORAREM A QUALQUER OUTRO DEUS, SENÃO AO SEU DEUS”. [1] Um caso belíssimo (e real!) de fidelidade a Deus.
Em vez de sacrifício forçado pelas circunstâncias, é mais provável que a idéia embutida no texto (embora absurda) fosse de alguém que, espontaneamente, se deixasse martirizar, com o propósito de mostrar a sua dedicação a Deus.
Em qualquer dos casos, o sacrifício teria sido em vão, se partisse de alguém que não amasse o próximo.
Parece incrível, mas a verdade é que Deus não está interessado em ser adorado e servido por pessoas que não amam! No livro de 1 João, o apóstolo não cansa de argumentar que o verdadeiro amor a Deus só existe quando é acompanhado pelo amor aos homens. Dizer que se ama a Deus, e não amar os semelhantes, é mentira. [2] A falta de amor ao próximo é prova da inexistência do amor a Deus. [3]
Existe o tipo de crente que não gosta de se envolver com pessoas, orgulhando-se de se relacionar diretamente com Deus. É o “adorador egoísta”. Estuda a Bíblia, lê bons livros, ora regularmente, mas é fechado para os outros. Tenta cuidar do relacionamento vertical - ele e Deus -, mas despreza o horizontal - ele e os homens. Freqüenta a igreja, sim, mas para ser edificado com a pregação, para realizar-se cantando hinos e para se divertir conversando com as pessoas de quem gosta. Raramente se dispõe a colocar sobre os ombros um pouco da carga do trabalho da igreja. Não costuma estender a mão a quem dela precisa nem dar de si para que outros cresçam.
            Um estilo de vida como esse não satisfaz a Deus. Falta amor. Imagine que alguém assim entrasse um dia na igreja, com uma lata de gasolina na mão e um palito de fósforo na outra, dizendo que iria dar a própria vida para mostrar o quanto adorava a Deus. Muitos clamariam “Oh!”, admirados com a nobreza do gesto, talvez sentindo-se indignos de simplesmente presenciar o valioso sacrifício de um mártir. Mas se houvesse uma pessoa com o mínimo de sabedoria, sua reação seria bem diferente: “Ei, irmão, que tolice é esta? Apesar de falar muito em Deus, você não se envolve com as pessoas, é frio, distante. Pensa que o seu sacrifício vai servir diante de Deus? Vamos, deixe de lado essa gasolina e aprenda a amar. Servindo e ajudando os seus semelhantes, a sua vida será muito mais valiosa a Deus. Venha cá, dê-me um abraço!”.
Não é apenas o crente arredio que precisa cuidar de amar as pessoas. O que trabalha intensamente na igreja também deve estar atento. Nesse caso, a tendência é se considerar sempre ocupado demais, com muita coisa por fazer. E termina cometendo o erro de valorizar mais o serviço do que os próprios irmãos a quem serve!
Por isso é tão comum encontrar líderes atuantes e eficientes enfrentando problemas de relacionamento pessoal. Infelizmente. Corta o coração ver obreiros incansáveis no trabalho do Senhor, zelosos pelo reino de Deus, consagrados à igreja em que se congregam, mas desajeitados ao lidar com os irmãos. Magoam com facilidade, ferem sensibilidades, e sempre há alguém com alguma queixa contra eles. Que pena!
Se você é desses que falham no amor ao próximo, não se deixe impressionar com o “enorme” valor do seu trabalho cristão. Para você, esse valor pode até ser incalculável, mas, para Deus, já está estabelecido: zero. Se o sacrifício de um mártir nada vale se não houver amor, porventura o seu serviço vale???

NOTAS:
[1] - Dn 3.28b.
[2] - 1Jo 4.20.
[3] - 1Jo

Mauro Clark

Fonte: Extraído de Você ama de Verdade?: despertando para o genuíno amor cristão. São Paulo: Editora Candeia, 1999. p. 3

Lorena Chaves - Aonde está o seu amor

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Missões Estados Unidos

Em parceria com o Voluntários em Campo e a igreja Washington Heights Church do Oeste dos Estados Unidos, estamos em mais uma missão, levando as boas novas para o Oeste dos Estados Unidos. Local onde estão concentrados o maior número de mórmons da América.

Para participar dessa missão através das suas orações, doações ou ofertas, envie um email para mim: aidapriscila@alivioemjesuscristo.com 

Caixa Econômica Federal Conta Corrente 00021562-0 OP 001 Agência 1874
Banco HSBC Conta Corrente 00331-35 Agência 0135

Deus os abençoe!

"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém."Mateus 28:18-20


quinta-feira, 18 de junho de 2015

A Centralidade da Cruz


Se a morte de Cristo na cruz é o verdadeiro significado de sua encarnação, não existe evangelho sem a cruz. O nascimento de Cristo, por si mesmo, não é a essência do evangelho. Mesmo a ressurreição, embora seja importante no plano geral da salvação, não é o cerne do evangelho. As boas-novas não consistem apenas no fato de que Deus se tornou homem, ou de que Ele falou com o propósito de revelar-nos o caminho da vida, ou de que a morte, o grande inimigo, foi vencida.
As boas-novas estão no fato de que Deus lidou com nosso pecado (do que a ressurreição é uma prova); que Jesus sofreu o castigo como nosso Representante, de modo que nunca mais tenhamos de sofrê-lo; e que, por isso mesmo, todos os que crêem podem antegozar o céu.
Gloriar-se na Pessoa e nos ensinos de Cristo somente é possível para aqueles que entram em um novo relacionamento com Deus, por meio da fé em Jesus como seu Substituto.
A ressurreição não é apenas uma vitória sobre a morte, mas também uma prova de que a expiação foi satisfatória aos olhos do Pai (Rm 4.25) e de que a morte, o resultado do pecado, foi abolida por causa desta satisfação. Qualquer evangelho que proclama somente a vinda de Cristo ao mundo, significando a encarnação sem a expiação, é um falso evangelho.
Qualquer evangelho que proclama o amor de Deus sem ressaltar que seu amor O levou a pagar, na pessoa de seu Filho, na cruz, o preço final pelos nossos pecados, é um falso evangelho.
O verdadeiro evangelho é aquele que fala sobre o “único Mediador” (1 Tm 2.5-6), que ofereceu a Si mesmo por nós. E, assim como não pode haver um evangelho que não apresenta a expiação como o motivo para a encarnação, assim também sem a expiação não pode haver vida cristã.
Sem a expiação, o conceito de encarnação facilmente se degenera num tipo de deificação do homem, levando-o a arrogância e auto-exaltação. E além disso, com a expiação (ou sacrifício) como a verdadeira mensagem da vida de Cristo e, por conseguinte, também da vida do cristão, quer homem ou mulher, esta deverá conduzi-lo à humildade e ao auto-sacrifício em favor das reais necessidades de outros.
A vida cristã não demonstra indiferença àqueles que estão famintos e doentes ou têm qualquer outra dificuldade. A vida cristã não consiste em contentar-nos com as coisas que temos, ou com um viver da classe média, desfrutando de uma grande casa, carros novos, roupas finas e boas férias, ou com uma boa formação educacional, ou com a riqueza espiritual de boas igrejas, Bíblias, ensino correto das Escrituras, amigos ou uma comunidade cristã.
Pelo contrário, a vida cristã envolve a conscientização de que outros carecem de tais coisas; portanto, precisamos sacrificar nossos próprios interesses, para nos identificarmos com eles, comunicando-lhes cada vez mais a abundância que desfrutamos...
Viveremos inteiramente para Cristo somente quando estivermos dispostos a empobrecer, se necessário, para que outros sejam ajudados.

James Montgomery Boyce


Fonte: Fé para Hoje, Versão Online, Número 8, Ano 2000.

Tudo me leva a Ti Zoe Lilly

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Esboço da Palavra


Esboço da palavra ministrada Em 11/06/20015 no grupo de oração irmã Glaucia Pib Florianópolis SC.

“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério.” 2 Timóteo 4:1-5

Jesus virá em Glória e Majestade e levará sua igreja redimida, limpa, lavada e purificada pelo seu sangue para um novo céu e uma nova terra. Mais do que um apelo, o apóstolo Paulo está encarregando oficialmente seu discípulo amado a dar sequência à sua missão, pois antevê que seu tempo na terra se abrevia, e o juízo final se aproxima. “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” Atos 17:31
O apóstolo encoraja Timóteo em sua carta e ele faz questão de mencionar essa verdade que é um dos combustíveis dos santos, para que Ele pregue a palavra, insistindo a tempo e fora de tempo, aconselhando, repreendendo e encorajando com toda paciência e sã doutrina os demais cristãos.
Nós como servos do Senhor devemos estar sempre alertas e prontos para responder com a Palavra as mais variadas necessidades das pessoas, como por exemplo conselhos para livrar do erro (apelo à razão), repreensão espiritual (apelo à consciência) e encorajamento (apelo à vontade). Todas essas características são manifestações do ministério “exortar”. O mesmo ministério exercido pelo Espírito Santo na vida do crente.
Vivemos uma explosão do falso evangelho em alguns lugares do mundo, mas o Brasil hoje está disparado naquilo que definimos como a teologia da prosperidade.
Falsas doutrinas são espalhadas, pessoas que prometem que “Deus” irá melhorar as condições financeiras do povo, caso esse povo se proponha a ofertar seu dinheiro e abençoar esses ministérios; barganha com esse falso “deus” que só trará bênçãos para os fiéis se os mesmos se dedicarem a dar mais dinheiro, mais ofertas, participar de “famosas campanhas” e “correntes” que atrairão esse “deus” que é movido pelos sacríficos financeiros de um povo insano em busca de vida e posses nessa terra.
Um povo que não suporta a sã doutrina e que impulsionado pelos seus próprios desejos criam “mestres” que falam o que eles querem ouvir e prometem aquilo que seus corações desejam, tais como bens materiais, melhores cargos nas empresas, mais dinheiro... E esses falsos “mestres” criam seus falsos milagres, usam o nome do santo Deus em vão, vendem seus cd’s, fazem os seus shows (cobram absurdamente pelos mesmos, em nome da fé), cobram para dar suas palestras motivacionais e tornam o altar da igreja em um stand up comedy, comercializam testemunhos, banalizam o nome de Deus como se nunca tivessem que prestar conta disso e sem temor e sem tremor fazem suas apelações “gospel” que vão de entrevistas com o diabo (manipulando assim o medo das pessoas até que essas ofertem mais), até o esvaziamento dos bolsos dos fiéis.
Paulo esperava que sua caracterização dos últimos dias continuasse no futuro, e Timóteo precisava estar preparado para esses desafios futuros pois, haveria um tempo “que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos.” 2 Timóteo 4: 3-4
Infelizmente essa é a verdade e o cenário do evangelicalismo no Brasil, e tristemente algumas pessoas são fascinadas por qualquer outra coisa que não seja a verdade. E assim como Timóteo foi alertado e preparado na época sobre esse tipo de dias e de “evangélicos”, a palavra de Deus nos adverte para um posicionamento inspirado na sã doutrina, na palavra de Deus a Bíblia.
A verdade é que estavámos mortos em nossos pecados e delitos, e Jesus Cristo que é o único caminho, a verdade e a vida, foi morto em nosso lugar e sofreu a ira de Deus ao receber os nossos pecados em seu corpo, padecendo uma morte e um castigo que eram nossos, para que pudéssemos obter o perdão dos pecados e então sermos reconciliados com Deus que é Santo. “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” Efésios 2:4-5
Sendo assim, somente Ele o cordeiro de Deus é capaz de tirar o pecado do mundo. “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” João 1:29
E Através e unicamente Dele, através da sua morte e ressurreição todo aquele que Nele crê recebe a vida eternal e pode ser chamado de filho de Deus pois, Jesus Cristo nos proporciona através da sua morte salvífica a adoção de filhos de Deus. “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.” Gálatas 4:4-6
Se conhecemos essa Verdade que nos libertou e é capaz de libertar e transformar o homem, devemos pois, permanecer firmes afim de defendê-la e anunciá-la a povos, tribos e nações.
E à exemplo do encorajamento que o apóstolo Paulo deu à Timóteo, nós também devemos tomar para nós essas palavras e nos colocarmos em defesa do evangelho que tem nos transformado e combatermos essas heresias e “falsos evangelhos” que rondam nosso país e o mundo. “Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério.” 2 Timóteo 4:5
O apóstolo Paulo chamou Timóteo para fazer o trabalho de um evangelista: levar as boas novas do evangelho. E isso se estende a cada cristão.
A minha oração é para que nosso Deus nos fortaleça e nos dê sabedoria para enfrentar tudo aquilo que se opõe a sua palavra. Que Deus nos capacite a enfrentar os sofrimentos que todo cristão que vive piedosamente como Jesus Cristo viveu enfrenta; que possamos fazer a obra de um evangelista aonde estivermos e que cumpramos plenamente o nosso ministério. Amém!


Aida Priscila