O
sofrimento é considerado por todos como um grande mal que precisa ser evitado.
Hoje, muitas igrejas têm a base de sua proclamação toda voltada para evitar o
sofrimento, e assim conquistam muitos adeptos. Geralmente as pessoas não
conseguem conciliar a idéia do sofrimento com a idéia de um Deus bom. A Bíblia
entende que o sofrimento tem um papel preponderante na formação do caráter cristão
e que ele evidencia o amor de Deus e desenvolve a espiritualidade.
Paulo
ao falar sobre o sofrimento não fala sem experiência própria, pois como diz
Morris, "ele não é um estrategista de gabinete, seguro em sua torre de
marfim". Paulo tem sua própria lista de horrores, a qual ele registrou em
2 Coríntios 11.24-29: "Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de
açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em
naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em
jornadas, muitas vezes em perigos de rios, em perigos de salteadores, em
perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em
perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em
trabalhos e fadigas, em vigílias muitas vezes; em fome e sede, em jejuns,
muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre
mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas. Quem enfraquece, que
também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me inflame?".
Sofrimentos
físicos e espirituais se misturavam no dia-a-dia do Apóstolo da Graça, que
talvez até pudesse ser chamado de "Apóstolo do Sofrimento". Esse é o
resumo de uma vida que, no final, encontrou o martírio por Cristo. Mas os
sofrimentos não eram um motivo de vergonha ou pesar, na mente desse homem.
Ele
aprendeu que a graça de Deus era suficiente para a sua vida, como Deus mesmo
lhe disse: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza" (2 Co 12.9). Em resposta a isso, ele disse: "De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o
poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando
sou fraco, então, é que sou forte" (2 Co 12.9-10). Ele aprendeu que a
graça não conduz o crente apenas à salvação, mas que também a graça o leva a
"padecer por Cristo" (Fp 1.29). Isto para ele era um motivo de
orgulho (2Co 12.5). Para ele, as credenciais do seu apostolado não eram tanto o
poder ou os resultados, mas o sofrimento por Cristo.
Tendo entendido isso, Paulo incentivou seus leitores a não
apenas se conformarem com o sofrimento, mas a exultarem nele. Ele entende que o
sofrimento tem um papel muito importante na formação do caráter do cristão:
"E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações,
sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e
a experiência, esperança" (Rm 5.3-4).
Ele considerava a tribulação (sofrimento) um motivo de glória, não porque gostasse do sofrimento em si, mas pelos resultados que os sofrimentos poderiam trazer. Paulo sabia que "há qualidades de caráter forjadas no fogo das aflições e que nunca desenvolveremos em dias de calmarias". Para ele, sofrer era se conformar em Cristo: "Para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte" (Fp 3.10). Ser parecido com Cristo era a sua meta, e isto tanto na glória quanto no sofrimento. A vida de Cristo não foi só de glória, por isso se regozijava: "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja" (Cl 1.24). Ele tinha certeza que seus sofrimentos não eram aleatórios ou desprovidos de sentido.
Ele considerava a tribulação (sofrimento) um motivo de glória, não porque gostasse do sofrimento em si, mas pelos resultados que os sofrimentos poderiam trazer. Paulo sabia que "há qualidades de caráter forjadas no fogo das aflições e que nunca desenvolveremos em dias de calmarias". Para ele, sofrer era se conformar em Cristo: "Para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte" (Fp 3.10). Ser parecido com Cristo era a sua meta, e isto tanto na glória quanto no sofrimento. A vida de Cristo não foi só de glória, por isso se regozijava: "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja" (Cl 1.24). Ele tinha certeza que seus sofrimentos não eram aleatórios ou desprovidos de sentido.
De alguma maneira, faziam parte do propósito soberano de Deus
para a vida dele e para o mundo. Para ele, o sofrimento por Cristo era uma
marca da verdadeira espiritualidade, pois fazia o homem espiritual crescer na
semelhança de Jesus.
Pastor Leandro Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário