quarta-feira, 30 de março de 2016

O que é pecado?


Ralph Venning

Pecar é transgredir as leis de Deus em nossos pensamentos, palavras e atos. “Todo aquele que pratica o pecado transgride a lei; de fato, o pecado é a transgressao da lei.” (1 Joao 3:4)

Deus exige que nos abstenhamos de fazer o mal, e que sempre façamos o bem. Quando não obedecemos praticamos um ato pecaminoso. Quer façamos muitas coisas más quer poucas, cada vez que deixamos de satisfazer às exigências de Deus, pecamos. “Pois quem obedece a toda a lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente.” (Tiago 2:10)

Não há nenhuma lei contra o que a Bíblia chama “O fruto do Espírito” – o qual é descrito como incluindo “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gálatas 5:22-23). Mas há uma lei contra as obras da carne.

Não pecamos somente quando fizemos o que é errado. Também é pecado deixar de fazer o bem.

Fonte: O Pecado é Coisa Séria, Ralph Venning, Editora PES, p. 15. 

Brian Eichelberger - Satisfeito em Ti (Satisfied in You)

segunda-feira, 28 de março de 2016

O que é uma tentação?


Brian Schwerte

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Para entender a injunção do nosso Senhor, devemos entender primeiro o significado da palavra tentação (grego, eirasmon). É importante definir essa palavra cuidadosamente, pois a mesma palavra pode ter significados diferentes, dependendo do contexto. Por exemplo, a palavra nem sempre é usada num sentido negativo (isto é, como uma atração ao pecar). Algumas vezes o termo significa uma prova, uma tribulação, um teste, um provar de algo ou mesmo uma experiência. A palavra poderia ser usada no contexto de testar a qualidade do ouro, ou a força de um arco. Assim, ela pode ter uma conotação positiva. A palavra (na LXX) é usada até mesmo para descrever o propósito de Deus. Em Gênesis 22:1, diz-se que Deus testou Abraão. Jeová testou ou provou a fé de Abraão, ao ordenar que ele sacrificasse Isaac, seu único filho. Da mesma forma, 2 Crônicas 32:31 diz que Deus testou Ezequias. Jeová queria saber se o rei estava cheio de orgulho ou não.

Sabemos que a mesma palavra grega tem significados diferentes (um dos quais não é necessariamente negativo), pois embora freqüentemente leiamos que Deus testou um indivíduo particular, também lemos que Deus nunca tenta um indivíduo. “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tiago 1:13). Jeová é um Deus justo, reto e santo, e assim, nunca tenta ou seduz os homens para cometerem o mal. As provas e testes que os crentes recebem das mãos da providência de Deus são para o seu próprio bem espiritual e edificação.

Deus amorosamente separa o trigo do joio, e o ouro do lixo. O apóstolo Pedro descreve esse processo maravilho. Ele escreve: “Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” (1Pe. 1:5-7).

O Capitão da nossa salvação nos leva por sua providência a provações, tribulações e sofrimentos da vida, e nos capacita a vencer, por seu precioso sangue e pelo poder da sua ressurreição. Ele faz com que cresçamos em paciência, maturidade, amor e graça. O Salvador nos coloca em batalhas para o nosso próprio bem (Rm. 8:28ss.). Ele não permite que sejamos feridos ou incapacitados, mas sim temperados e refinados. Jesus nos fortifica, de forma que possamos vencer muitas vitórias do reino, e coroar nosso glorioso rei com muitas coroas.

Outra maneira na qual a palavra peirosmon é usada é negativa. Significa tentação no sentido de uma sedução para cometer pecado. Denota um poder, argumento, operação ou sedução para com o pecar. “Tentação, então, em geral é qualquer coisa – estado, caminho ou condição – que sob certa circunstância, tem a força ou eficácia de seduzir, apartar a mente e o coração de um homem de sua obediência, que Deus requer dele, para qualquer pecado, em qualquer grau dele”. Esse significado é o dado em nosso texto (Mt. 26:36- 41) e, portanto, será o foco principal da nossa exposição doutrinária e prática da exortação de Jesus.

A tentação como um poder de sedução para com o pecado é um termo muito amplo. Pode se referir a todas as variadas tentações externas: as atrações do mundo, as enganosas solicitações de Satanás, os argumentos e seduções dos não-regenerados, bem como todas as tentações internas que brotam dos desejos pecaminosos que permanecem em nós (inveja, luxúrias, imaginações impuras, cobiça, pensamentos de vingança injusta, etc.). Todas essas forças podem agir numa variedade quase infinita de formas.


Fonte: Extraído de Jesus’ Instructions for Dealing with Temptation, Brian Schwertley.

Dame Tus Ojos - Jesús Adrián Romero feat. Marcela Gándara - Video Oficial

sexta-feira, 25 de março de 2016

Justificação e Mérito


Por Bíblia de Estudo de Genebra

Gálatas 3:11: “E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé”.

A doutrina da justificação – o núcleo tormentoso da Reforma – era, para Paulo, o âmago do evangelho (Rm 1:17; 3:21-5:21; Gl 2:15-5:1), dando forma à sua mensagem (At 13.38-39) e à sua devoção (2Co 5.13-21; Fp 3.4-14). Ainda que outros escritores do Novo Testamento afirmem a mesma doutrina em substância, os termos com que os Protestante a têm afirmado e defendido, por quase cinco séculos, são tirados essencialmente de Paulo.

Justificação é o ato de Deus pelo qual ele perdoa pecadores e os aceita como justos por causa de Cristo. Por esse ato, Deus endireita permanentemente o anterior relacionamento alienado que os pecadores tinham com ele. Essa sentença justificadora é a concessão por Deus de um status de aceitação de pecadores por causa de Jesus Cristo (2Co 5.21).

O juízo justificador de Deus parece estranho, pois declarar justificados os pecadores parece ser exatamente o tipo de ação injusta praticada por um juiz, que a própria lei de Deus o proíbe (Dt 25.1; Pv 17.15). Contudo, é um julgamento justo, porque sua base é a justiça de Jesus Cristo. Como o ‘último Adão' (1Co 15.45), agindo em nosso favor, como nosso Cabeça representativo, Cristo cumpriu a lei que nos prendia e suportou o castigo que merecíamos pela desobediência à lei e, assim, ‘mereceu' a nossa justificação. Por isso, nossa justificação tem base justa (Rm 3.25-26; 1Jo 1.9), com a justiça de Cristo creditada em nosso favor (Rm 5.18-19).

A decisão justificadora de Deus é, na prática, o julgamento do Último Dia, com relação ao lugar onde devemos estar na eternidade; essa decisão já é trazida para o presente e é pronunciada aqui e agora. É um juízo sobre o nosso destino eterno; Deus nunca voltará atrás, por mais que Satanás possa apelar contra o veredito (Zc 3.1; Rm 8.33-34; Ap 12.10). Estar justificado é estar eternamente seguro (Rm 5.1-5; 8.30).

O meio necessário para a justificação é a fé pessoal em Jesus Cristo como Salvador crucificado e como Senhor ressurreto (Rm 4.23-25; 10.8-13). A fé é necessária porque o fundamento meritório de nossa justificação está totalmente em Cristo. Ao nos entregarmos a Jesus, em fé, ele nos concede seu dom da justiça, de modo que no próprio ato de ‘fechar com Cristo' – como os mais antigos mestres Reformados diziam -, recebemos o perdão e a aceitação divinos, que não podemos encontrar em nenhum outro lugar (Gl 2.15-16; 3.24).

A teologia católica romana histórica inclui a santificação na definição da justificação, considerada como um processo, ao invés de um único evento decisivo, e afirma que, embora a fé contribua para a nossa aceitação diante de Deus, nossas obras de satisfação e mérito devem contribuir também. Os católicos vêem o batismo como portador da graça santificadora, que nos justifica primeiramente. Depois, o sacramento da penitência permite que mérito suplementar seja alcançado através das obras, assegurando a justificação se a graça da aceitação inicial por Deus se perder por causa de um pecado mortal. Esse mérito suplementar não obriga Deus a ser gracioso, embora seja o contexto normal para recebe-lo. Segundo o conceito católico romano, os fiéis efetuam sua própria salvação com a ajuda da graça que procede de Cristo através do sistema sacramental da Igreja. Os Reformados ressaltaram que esse conceito da salvação solapa o sentido de confiança que só a livre graça pode oferecer àqueles que não têm méritos. Paulo já tinha mostrado que todos os seres humanos, seja qual for o grau de sua piedade, estão sem méritos e necessitam da livre justificação para serem salvos. Uma justificação que precisa ser completada pelo beneficiado não oferece repouso sólido.

 Fonte: http://www.monergismo.com

Isaías 53 - Projeto Sola

quinta-feira, 24 de março de 2016

O Futuro


Estive a sós com Deus hoje. Passei a tarde toda aqui em oração e leitura da Palavra. Li o livro todo de Daniel! Naquela época de escuridão, Deus encontrou um homem a quem revelar Seus segredos, Sua Palavra e o futuro! O livro é assombroso e estonteante! É um chamado a devoção e obediência a Deus em tempos de trevas. Sua leitura nos traz temor e nos instiga quanto ao futuro.

No entanto, Daniel morreu há séculos. Os dias de hoje são piores e mais escuros do que os seus dias. E, a quem Deus vai trazer Suas revelações? Para quem Deus vai mostrar o futuro? Com quem Ele vai compartilhar Seus segredos? Com aquele que se mostrar disposto e o buscar de todo o coração; com aquele que deixar os seus afazeres, prazeres terrenos e futilidades, se voltando em oração para Ele: “O Deus de Israel”!

Enquanto as lealdades estiverem competindo; enquanto contiverem ainda ídolos e vaidades em nosso coração; enquanto não tivermos um coração quebrantado e sensível a voz de Deus; enquanto não possuirmos uma ardente paixão por Cristo e um coração devoto a Deus como o de Daniel, não veremos as mesmas coisas!

Estou tentando fazer minha parte, e convido você para fazer a sua também! Buscar! Renunciar! Pagar o preço que for! Clamar de dia e de noite, sem descanso, até que Deus se mostre! É claro que hoje não precisamos de revelações forâneas, nem de profecias extra bíblicas, tudo que necessitamos está na Palavra de Deus! Vamos até ela, pois se trata de um convite à glória de Deus!

Espero que você entenda e seu coração arda de desejo por Deus e para que Ele revele Seus mistérios. Não podemos perecer em nossa anemia espiritual, nem definhar em nosso conhecimento ralo de Deus! Deus, com tantas glórias a revelar, e nós perecendo na ignorância? Isto precisa acabar! Vamos! Por favor! Vamos começar agora!

Em Cristo,


Paulo Junior – Ministério Defesa do Evangelho