És grande,
Senhor e infinitamente digno de ser louvado; grande é teu poder, e
incomensurável tua sabedoria. E o homem, pequena parte de tua criação quer
louvar-te, e precisamente o homem que, revestido de sua mortalidade, traz em si
o testemunho do pecado e a prova de que resistes aos soberbos. Todavia, o
homem, partícula de tua criação, deseja louvar-te.
Tu mesmo
que incitas ao deleite no teu louvor, porque nos fizeste para ti, e nosso
coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso.
Concede,
Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se
devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de
te conhecer?
Porque,
te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque,
porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como
invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos
pregue?
Com
certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram
e os que o encontram hão de louvá-lo.
Que eu,
Senhor, te procure invocando-te, e te invoque crendo em ti, pois me pregaram
teu nome. Invoca-te, Senhor, a fé que tu me deste, a fé que me inspiraste pela
humanidade de teu Filho e o ministério de teu pregador.
Fonte: Confissões, Agostinho de Hipona
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