Graças
damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós,
Porquanto ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus, e do amor que tendes para com
todos os santos; Por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da
qual já antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, Que já chegou a
vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre
vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade.
(Colossenses 1:3-6)
Todos
os cristãos sérios estão preocupados pelos dados estatísticos que sugerem que
ser cristão causa pouca ou nenhuma diferença na maneira em que se vive. Temos
chegado a nos interessarmos tanto em fazer que as pessoas professem serem
convertidas, ao ponto que temos diluído o evangelho que se apresenta no Novo
Testamento? É obvio que algo tem mudado. As Escrituras pregadas por Paulo e
seus colaboradores provocavam perseguições e mudavam as pessoas juntamente com
suas culturas. Roma não foi nenhum obstáculo invencível quando o poder do
evangelho estourou na cena da história. Alguém observou que é interessante que
em nossos filhos ponhamos os nomes de “Paulo” e “Pedro” e em nossos cães de
César e Nero.
Quando
Paulo escreveu aos crentes de Colossos estava exaltando o evangelho que havia invadido
as culturas de religiões pagãs e expressões loucas do judaísmo junto com a
filosofia da cultura grega. Ele inicia com uma ação de graças pelo fruto óbvio
do evangelho nos santos daquela cidade. Em meio a ideologia contrária e da
oposição dominante, o evangelho estava mudando as pessoas e propagando-se por
todo o mundo conhecido. Isto não surpreende aqueles que estão familiarizados
com as palavras de Jesus. Ele disse que o evangelho do Reino se propagaria como
faz a levedura por toda a massa. Começaria pequeno e tão insignificante como
uma semente de mostarda, mas cresceria até chegar a converter-se na planta
dominante do jardim.
A
evidência inequívoca do evangelho ao menos, é tripla. A fé, a esperança e o
amor se fazem sempre presentes quando se abraça o evangelho. A fé é uma classe
especial de fé. É fé em Deus por meio de Jesus. Não qualquer fé. Não estamos
falando aqui da mera crença na existência de Deus. É a fé de que Jesus é o
Filho de Deus; que viveu e morreu pela propiciação dos pecados; que se levantou
da tumba; que ascendeu ao trono de Deus para reinar sobre o Reino de Deus na
terra; e que regressará para consumar a justiça eterna na terra. Este tipo de
fé afeta aquele que a tem. Muda a maneira como pensa e age.
Logo o
amor está sempre presente nos santos quando se abraça o evangelho. Este amor
vai além do amor humano, além daquele amor que todos os homens têm em alguma
medida. É o amor que Deus possui. É o amor especial que vai além da razão.
Continua ainda quando a pessoa que está sendo amada deixa de respondê-lo. Não
depende de mérito. Seu foco encontra-se em outro lugar em vez de ser em si
mesmo. Não é de se surpreender que mude pessoas e culturas. Como poderia alguém
negar o poder de tal afeto?
Às
vezes a esperança é o membro esquecido do trio, mesmo sendo o fundamento de
toda conduta com propósito. Algo aconteceu na história que faz que tudo tenha
sentido. Há um futuro que faz que o presente tenha significado. Os recipientes
do evangelho possuem uma reserva de bênçãos no banco do céu. Podem fazer saques
da conta agora e para sempre. A vida, com todos os seus altos e baixos, não
pode derrotar o crente que sabe que não é só um mero cidadão desta presente
terra. De alguma forma, lá no fundo, sabe que Deus não vai deixar o seu projeto
parcialmente realizado. Haverá um novo céu e uma nova terra. A garantia disto é
que algo novo aconteceu em nossos corações.
Estes três elementos inevitavelmente mudam pessoas. Quando a fé,
a esperança e o amor estão presentes no coração de alguém, seu mundo se transforma.
Logo, o mundo ao seu redor o nota. Não reduzamos o evangelho a algo que não nos
oferece esperança de mudança. Abracemos plenamente as boas novas que Jesus
trouxe. Elas estão dando fruto por todo o mundo, todo lugar onde se creia
verdadeiramente.
Fonte:
Contra Mundum Tradução: Maiára Mirapalhete Revisão: Raniere Menezes
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