Tome minhas mãos cansadas, toda a labuta
diária e o meu desejo de controlar as coisas que não posso, nessa tarde
acinzentada.
Eu sei que és belo, perfeito e terno em todos
os teus caminhos de amor, paz e esperança, eu é que sou essa criança, um pouco
incomodada por não me dares, o que não me faz bem.
Tome minha culpa também, bem sei que já há
tens desde o teu ultimo folego de vida naquela cruz, mas as vezes, eu insisto
em tê-la comigo.
Tu és maravilhosamente belo, eu sei. Tua
beleza ofusca todas as tentativas de o mundo, a carne e meu adversário me persuadirem
do contrário.
Quero deixar contigo também toda o desejo de viver
para mim mesma, e a favor dos ideais, que militam constantemente com a vida que
tens para mim, me fazendo conhecer mais da minha própria fraqueza, inabilidade
e dependência de Ti.
Eu me envolvo facilmente com a doce música que
toca em meus ouvidos, enquanto lá fora todo o barulho e movimento quer me
irritar ou roubar a minha atenção.
Logo eu, que não sei escrever poesia, e
insisto em te descrever nos meus versos... Entendi pela tua Palavra infalível, confiável
e inerrante, que nada do que eu faça seria capaz de diminuir ou alterar o Teu
amor por mim.
Que gozo, saber que Teu amor não muda! Que
paz e sossego, encontrar em Ti a solução para todos os meus temores e medos.
Eu tenho flores para Ti, e tenho alguns
versos também, que acompanham e regem esse outono, que insiste em tirar de mim,
as palavras mais frias e quentes, como se um baú fosse aberto, repleto de recordações
e memorias, que estão aqui, aos teus pés...
Bem sei que és esplendorosamente magnifico e
Todo Poderoso, e eu, feitura de tuas mãos, esperando pelo grande dia, em que contemplarei
a perfeição face a face.
Outrora, nas trevas, hoje, com teu Espírito em
mim, não é possível andar sem enxergar de novo. E ainda que a trilha seja
estreitamente para poucos, tens me capacitado a permanecer nela diariamente.
Oh, meu amado, como és belo e como é belo te
pertencer e ser tua até mesmo nos lugares em mim, que Tu conheces melhor que os
demais, e inclusive, melhor que eu mesma.
Eu vaguei, e eu tentei me distanciar da tua
plenitude e glória, mas quem sou eu para resistir ao criador da própria vida?
Ou, como poderia me abster de tão profundo e verdadeiro amor, que dá a vida sem
exigir nada em troca?
Ser amada por Ti, sem haver meritocracia,
lança por terra tudo aquilo que um dia eu pensei ser. Estar escondida e atada
ao Teu amor, refrigera a minha alma e me revela a identidade que possuo em Ti.
Sim, és um Pai perfeito, belo e afável... além
da compreensão das palavras, e das destrezas das canções e de toda a arte
também. E eu? Uma filha imersa aos cuidados e ao amor que prometeu com sangue,
morte e ressureição, nunca me abandonar.
Sim és belo, e eu te pertenço cada vez mais,
no desejo eminente de me desfazer ao te encontrar.
Aida Priscila :)
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